Ela foi de esposa tradicional ao rosto de site adulto: 'Útil ao agradável'

Nina Sag explicou como foi de "esposa tradicional" a porta-voz da Fatal Model, maior site de acompanhantes do país. Ao Alt Tabet, do Canal UOL, ela explicou que passou a se dedicar à prostituição após o fim de seu casamento e que, como estava desempregada, buscou uma profissão que lhe proporcionasse prazer e um bom faturamento.

Nina disse ter colocado um ponto final no matrimônio de quase 10 anos em 2016. Na época, ela já tinha deixado de atuar como professora e dava adeus à vida de "típica mulher tradicional" para adentrar no universo adulto.

Eu era a típica mulher tradicional, que tinha uma rotina de levar filha na escola, trabalhava outra metade do turno, cuidava do marido. Após a separação, já tinha deixado a escola e tentava empreender. Um ano depois da separação, meu pequeno negócio, que era feito dentro de casa, só dava para pagar as contas, e [pensei]: 'Não é isso que quero para minha vida financeira, não é esse estilo de vida que quero ter'.Nina Sag

Ela explicou que pensou em seus atributos, naquilo que ela era boa e o sexo surgiu como uma forma de lucrar. "Pensei na situação financeira que estava ruim, pensei em tudo que eu poderia fazer bem feito e que eu poderia gostar do que fazia, aí me veio a ideia de monetizar o sexo. Meu pensamento na hora foi recriminatório: 'Não, isso não dá para fazer'. E eu venho de uma família tradicional. Passei seis meses pesquisando o mercado adulto até eu ter coragem de entrar e unir o útil ao agradável: precisava de grana e gosto de sexo".

A ex-profissional do sexo destacou que o segredo para o sucesso é saber o que os homens buscam, até mesmo quando nem eles sabem que precisam daquilo. "Você tem que entender o que o homem procura. Quer o sexo, mas o que ele não sabe, e ainda assim ele quer, é o flerte, uma sedução, se conectar antes do sexo. E para isso acontecer não é simplesmente tirar a roupa e começar a se pegar, isso é atendimento mecânico. Muitos homens quando chamam a gente falam 'Não quero atendimento mecânico'".

Porta-voz de site adulto explica entrada no futebol: 'Qual o problema?'

Sag frisou que a decisão de patrocinar o futebol se deu de forma gradual para popularizar a Fatal Model. "Primeiro patrocinamos jogos específicos em 2022. Em 2023, a gente conseguiu fechar com o Vitória um contrato maior, mas essa entrada não é simples porque ali é [um espaço da] família tradicional e é um tipo de negócio que as pessoas não estão acostumadas a ver na mídia dessa forma".

A porta-voz admite que há muita hipocrisia na sociedade, mas destacou que os anúncios da marca não são acompanhados por imagens com apelo sexual. "As pessoas só veem um nome. Ninguém vai ver o nome e uma menina de biquíni ou em posição sensualizada ao lado da marca, porque não estamos falando de sexo. [Somos uma plataforma de] anúncio, existe um mercado que é ignorado e estamos dando visibilidade. É um mercado que gera muito, então qual é o problema da gente falar disso na sociedade?".

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Nina afirmou que as ações "têm o propósito de fazer a sociedade discutir o tema" e debater a regularização da profissão. "A profissão é listada como atividade profissional, mas não é regulamentada e precisa ser regulamentada para que todos os profissionais do sexo tenham direitos garantidos. A gente só está trazendo visibilidade para uma coisa que acontece há muito tempo. Então qual o problema de você ver uma marca de conteúdo adulto associada ao futebol? Não tem problema nisso".

Ex-acompanhante comenta 'etiqueta' da profissão

Brochada na cama não gera desconto, mas Nina garante que aliviou a conta em seu primeiro programa após o homem "falhar". "Foi a única vez que fiz isso. Foi totalmente desastroso, caótico, na hora fiquei com dó dele. Era meu primeiro atendimento, achei que ia chegar, tirar a roupa, pronto... E ele realmente brochou, eu pensei: 'Tadinho, ele só brochou, não fez nada, fica por R$ 150'. Eu vi no rosto dele a decepção, ele entender que eu dei desconto porque brochou".

Sem desconto, mas parcelado na maquininha. "Já tive cliente que queria dividir... A gente leva uma maquinha, mas hoje em dia a maioria paga por Pix. Os casados pagam em dinheiro porque às vezes tem conta conjunta com a esposa e não querem que ela desconfie".

Nem todas as acompanhantes beijam, mas há algumas que não veem problema, garantiu Sag. "Acompanhante que beija na boca é o profissional que não filtra quem vai atender... Mas não é a maioria".

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Toda quarta, Antonio Tabet conversa com personagens importantes da política, esporte e entretenimento. Os episódios completos ficam disponíveis no Canal UOL e no Youtube do UOL. Assista à entrevista completa com Nina Sag:

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