Quem gosta de depilação é brasileiro? Elas contam experiências com gringos
Quem já teve uma experiência sexual com alguém de fora do Brasil garante: a vivência pode ser bem diferente. Isso porque forma de se aproximar, de flertar, de demonstrar interesse e até mesmo de decidir o que pode ser feito entre quatro paredes é influenciada pelos aspectos socioculturais.
Não quer dizer que o local de nascimento ou moradia seja determinante para o desempenho: afinal, cada pessoa tem uma personalidade. Porém, o jeito de agir e os gostos pessoais estão inseridos em um contexto maior, que engloba os costumes e as tradições locais.
A retirada dos pelos é um exemplo de como as questões culturais influenciam nos momentos de intimidade. De modo geral, nossa cultura dá bastante importância à questão, tanto que em outros países existe um procedimento estético chamado 'Brazilian wax', que significa depilação à brasileira. Basta ir à praia para perceber o quanto o hábito está enraizado na nossa sociedade, principalmente entre as mulheres.
Abaixo, três mulheres detalham suas experiências com homens de fora do Brasil e revelam o que mais gostaram (e do que mais sentiram falta) nos momentos a sós:
"Preocupado com o meu prazer"
"Meu namorado é espanhol e moramos juntos no Brasil há um ano. Antes dele, não havia tido experiências com homens estrangeiros, apenas com brasileiros. No entanto, noto bastante diferença durante o sexo: percebo que ele é mais preocupado com o meu prazer. Sempre quer saber se eu gozei ou não. Não existe fixação com penetração: se ficamos só no oral, por exemplo, não é um problema. Outro ponto positivo é a depilação. Há quatro anos, decidi me depilar apenas quando fosse à praia. Meu ex-namorado reclamava bastante, sempre pedia que eu fizesse depilação total e por mais de uma vez notei resistência dele em fazer sexo oral. Com meu atual, isso não é um problema. Nunca ouvi comentários positivos ou negativos. A única vez em que tocamos no assunto, ele disse que na Espanha nunca viu uma mulher totalmente depilada. Por último, não é um tabu transar menstruada."
Ana L. Silva, 28 anos
"Se esquivou do beijo"
"Já transei com dois gringos: um italiano e um irlandês. Nos dois casos, estava viajando. Com o italiano, tive um breve relacionamento. Ele nunca demonstrou preocupação com a minha depilação. Só aconteceu de discutirmos uma vez: isso porque fizemos sexo oral e ele não quis me beijar depois, como se estivesse com nojo. Na hora, não entendi o porquê daquele comportamento. No Brasil, nunca passei por uma situação parecida. Pensei que pudesse ser algo cultural, mas depois, conversando com uma amiga, descobri que é algo comum entre os homens daqui também. Em compensação, não tenho do que reclamar do irlandês. Ele foi atencioso e adorei a experiência."
Larrisa M. , 25 anos
"Não tive que brigar pela camisinha"
"Saí duas vezes com um cara da Inglaterra. O que senti foi frieza... Pareceu que ele só queria fazer sexo e depois cortar nosso contato. Depois, fiquei com dois franceses — com um deles, saio até hoje. Com eles, senti diferença na forma como fui tratada. Estive em um relacionamento por nove anos e meu ex-namorado se sentia à vontade para fazer comentários negativos com relação ao meu corpo. Já eles não ligaram para o fato de eu estar sem me depilar. Pelo contrário, me elogiaram muito e fizeram com que eu me sentisse bem. Ambos também tomaram a iniciativa de colocar o preservativo sem que eu precisasse pedir. Com os brasileiros, o fato de precisar insistir sempre me deixou irritada e já aconteceu de tirarem durante o ato, sem o meu consentimento."
Camila F., 28 anos
Fonte: Paula Napolitano, psicóloga e terapeuta sexual
*Com matéria publicada em 15/10/2019
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