Priscila Borgonovi conta como é ser mãe aos 24 e 45 anos: 'Reviravolta'
De Universa
05/10/2024 05h30
Mãe pela primeira vez aos 24 anos, a relações públicas Priscila Borgonovi teve a segunda filha aos 45, após sete tentativas de fertilização in vitro. "Eu não estou sabendo administrar ter um telefone com uma câmera disponível para eu tirar 1000 fotos", brinca Priscila durante bate-papo com a apresentadora Mariana Kupfer no programa AMAR, em parceria com Materna, a newsletter e editoria de Universa.
Segundo Priscila, no tempo de seu primogênito João, não havia essa tecnologia. Ela usava caixas de filmes para tirar foto do filho, uma realidade completamente diferente com Maria.
Questionada sobre como está sendo a nova rotina com a bebê, Priscila conta que Maria é a alegria da casa e que renova a energia e o astral da família. Ela diz que estar mais madura e poder viver algo que já viveu, como a maternidade, é um avanço. "Eu vejo pelo meu marido, é a primeira filha dele. Ele está muito mais apreensivo e detalhista com todos os pontos", diz sobre o empresário Bruno Caribé.
Relacionadas
Ao ter João com 24 anos, Priscila diz que o filho veio em uma hora que ela queria muito, mas também em um momento em que ela estava brigando pelos seus sonhos e carreira. Segundo ela, o maior desafio de ser mãe jovem era dividir o seu tempo e as diversas funções que assumiu para si: ser mãe, pai, amiga, filha e profissional.
Ela lembra que toda vez que precisava ir a eventos, "era um drama em casa porque ele queria a mãe, eu queria estar com ele, mas eu precisava trabalhar. A divisão do meu tempo acho que foi o mais difícil, eu poder me organizar e não me sentir tão culpada. Nasce a mãe, nasce a culpa", diz. João é filho de Priscila com o ex-marido, o ator Fábio Assunção.
Com uma diferença de 21 anos de idade entre os dois filhos, Priscila diz que ao olhar para João tem a sensação de dever cumprido.
Se eu conseguir metade com a Maria do que eu fiz com o João, vou ficar muito feliz. Acho você passar valores e educar alguém principalmente nos dias de hoje com tantas questões relativas é muito difícil.Priscila Borgonovi
Sete fertilizações para engravidar aos 44
Durante o bate-papo, Priscila revelou que achava não querer ter outro filho, mas ao mudar de ideia com as reviravoltas que a vida dá ela engravidou aos 44 após realizar sete fertilizações in vitro. "É muito desgastante", afirma.
Com mais de 40 anos e sem óvulos congelados, Priscila conta que fez uma FIV atrás da outra porque o tempo estava contra ela, ela queria que o pesadelo acabasse e queria realizar o seu objetivo. Em uma das tentativas, ela chegou a engravidar, mas perdeu o bebê com nove semanas de gestação e foi submetida a uma curetagem.
Em meio ao tratamento, Priscila sempre perguntava ao médico senão havia algum outro exame para fazer para descobrir o que estava acontecendo. Ela fez uma histeroscopia e foi constatado que havia um problema no seu endométrio que impossibilitava o óvulo de grudar. "Eu poderia ter feito mais 50 FIVs", desabafa. Após fazer uma raspagem no endométrio, ela engravidou no mês seguinte.
Ao passar por essa experiência, Priscila diz que a fertilização in vitro é um processo peculiar, doloroso e dispendioso. De acordo com ela, os médicos ficam apegados ao protocolo e negligenciam um pouco a saúde individual de cada mulher. "Da saúde mental nem se fala. Juro, as mulheres ficam doidas".
Vale congelar óvulos?
A favor do congelamento de óvulos, Priscila acredita que se tivesse feito isso teria poupado quatro anos de desgaste, no entanto, ela conta que não recebeu esse tipo de orientação do ginecologista quando era mais jovem.
Eu acho que é um tema atual e agora ficou latente principalmente porque as mulheres decidiram postergar por causa do trabalho a questão da maternidade.Priscila Borgonovi
Para as amigas que ainda têm dúvidas se querem ser mãe, ela aconselha a guardar os óvulos e decidir depois. "Eu sei que custa caro [manutenção], mas vai custar mais barato".
Receios durante a gravidez
Ao engravidar de Maria, Priscila diz que como ela tentou tanto e o processo foi difícil, ela tinha dúvidas se estava tudo certo mesmo com seis meses de gestação. "Eu acho que a minha maior preocupação era acreditar que eu tinha conseguido, que a jornada de tentar ser mãe tinha chegado ao fim e agora eu poderia relaxar e viver plenamente".
Após o nascimento, Priscila se tranquilizou ao saber que Maria está bem e saudável. A menina é fruto do seu casamento com o empresário Bruno Caribé.
A história de Priscila Borgonovi é uma parceria entre Materna, a editoria e newsletter de Universa, e o programa AMAR, criando um espaço seguro e acolhedor para mães compartilharem histórias do seu maternar.
Se você está grávida, não deixe de se inscrever em Materna no box que aparece após o primeiro parágrafo dessa matéria. Os textos das newsletter acompanham cada semana da gestação com dicas de saúde mental, sexo, carreira e muito mais.