Sem usar as mãos: técnica estimula o orgasmo feminino cruzando as pernas
De Universa, em São Paulo
23/10/2024 19h00
O clitóris, órgão de prazer sexual feminino, possui oito mil terminações nervosas. Por ser tão sensível, ele pode ser estimulado de diferentes formas. A maneira tradicional é através do contato com as mãos — mas não é a única.
Algumas mulheres optam pelo uso de acessórios eróticos, como vibradores, para ajudar a atingir o orgasmo. Mas existe ainda outra técnica, mais sutil, de estimular a região: o cruzar das pernas.
Pareceu estranho? Pois é, nem sempre as mãos são necessárias para proporcionar o prazer feminino. Durante o sexo, por exemplo, o orgasmo pode ser atingido através da fricção do clitóris com a pele do par. A língua também pode ser usada. Seguindo a mesma lógica, a mulher pode proporcionar prazer a si mesma apenas contraindo as coxas.
Para chegar lá, porém, é preciso estar bastante excitada.
Caminho do prazer
Quando pensamos em algo que nos excita, a circulação é direcionada para os órgãos sexuais. Para manter o sangue na região, os músculos do assoalho pélvico se contraem, enquanto o clitóris fica ereto.
Por isso a dica é começar pela mente: lembre uma experiência anterior, use a imaginação para criar situações novas ou recorra a um filme ou livro que excite. Também vale a pena passar um pouco de lubrificante no clitóris antes de tentar a posição.
O uso das mãos não está totalmente descartado. No início, também é indicado fazer movimentos com os dedos que estimulem o prazer através de fricções lentas, leves e constantes.
Hora de tentar
Cruze as pernas sentada ou deitada. Se preferir deitar, a dica é pressionar uma das pernas contra o colchão ou contra a beirada da cama, para aumentar a pressão sobre a região. Então, a ideia é fazer várias contrações, cada vez mais longas e fortes, até atingir o orgasmo.
Um detalhe importante é não se sabotar. Não pense que não vai conseguir, pois isso atrapalha. Esteja entregue ao momento e continue estimulando a mente. Se não chegar lá com as pernas cruzadas da primeira vez, finalize de outra forma e tente novamente outro dia. O importante é treinar.
Quem pode fazer?
Não há restrição: qualquer mulher pode colocar a técnica em prática. Vale lembrar que 3 em cada 10 mulheres não têm consciência sobre o assoalho pélvico, o que dificulta o prazer a sós e a dois. Logo, a técnica pode ajudar a entender como funcionam os reflexos, o controle e a resistência desta parte do corpo.
Para quem sofre de disfunções sexuais, como o vaginismo, ou que não está acostumada a se masturbar, o acompanhamento profissional com um fisioterapeuta pode ajudar.
Fonte: Júlia Antunes Teixeira, fisioterapeuta pélvica
*Com matéria publicada em 23/10/2019