Carol Celico diz ser impossível dormir com 1 filho bebê e 2 na adolescência
Beatriz Zogaib
04/11/2024 05h30
Carol Celico, empresária e influenciadora, é do time das que abraça a frase de que 'nasceu para ser mãe'. Hoje ela é mãe de dois adolescentes, Luca, 16, e Isabella,13, e engravidou naturalmente de seu bebê de cinco meses, Rafael, quando estava no processo para congelar seus óvulos.
Trinta óvulos estão lá guardados! Vou mantê-los por um tempo, porque não sei se quando eu tiver uns 42 vou querer outra gestação. Sempre sonhei com família grande.Carol Celico, empresária e influenciadora
Relacionadas
A empresária foi mãe pela primeira vez nova, mas a gravidez não aconteceu com tanta facilidade. Luca, apesar de planejado, veio depois de quase três anos de casada e com uma certa espera. "Eu não conseguia engravidar mesmo com 20 anos. Tive bastante dificuldade e foi um espanto para mim, achei que por ser nova seria uma coisa rápida", conta.
A possibilidade de tratamento não foi cogitada na época, exatamente por ela entender que teria tempo para ser mãe no futuro. E depois de três anos do nascimento de Luca, veio a Isabella, de forma mais fácil e durante uma pausa de pílula recomendada por médicos - o que deixou Carol realizada. "Sempre quis ter um casal."
Há oito anos com Eduardo Scarpa, seu segundo marido, sentiu que podia ser a hora de pensar em filhos novamente, até porque Eduardo não tinha nenhum. Porém, trabalhando intensamente, ficou com 'muito medo' de pausar a carreira em um momento conturbado. Foi quando seu médico deu a ideia do congelamento de óvulos e ela topou.
Quando eu estava com 35 anos decidi congelar, porque vi que não era um bicho de sete cabeças, que na verdade era caro, só que algo simples. Assim eu poderia ser mãe de novo um pouquinho mais pra frente, depois que as coisas do trabalho tivessem mais engrenadas.Carol Celico, empresária e influenciadora
Em meio ao processo de congelamento, a surpresa: trinta foram congelados e um fecundou de forma natural. "Acredito muito em Deus e que na hora certa a gravidez veio, porque talvez eu ficasse postergando, né?"
Puerpério e adolescência
"Estou vivendo um turbilhão de emoções. No puerpério, mas a adolescência também é uma apreensão. A gente começa a não dormir à noite por outros motivos. Lembro das minhas amigas, quando eu não estava com o bebê ainda me dizendo que os meus filhos já tomavam banho sozinhos, e aí eu pensava: 'deixa elas verem o que é adolescência", conta Carol.
Às vezes, é o mais velho que precisa de atenção, não a bebê. Às vezes, é a do meio. Às vezes, Carol se divide entre um compromisso profissional ou pessoal e diálogos com o marido.
Com a correria e sempre tentando equilibrar os pratinhos, ela mostrar que a maternidade não é algo racional, que a gente calcula, planeja e sai do jeito que a gente quer. Pelo contrário, é sempre um desafio, engravidando em qualquer idade, em qualquer circunstância. "Ensina tanto! Acho que é uma terapia para todas nós."
Carol, como a maioria das mães, revela que sente culpa desde quando não era tão atuante profissionalmente, e especialmente quando percebe que não está muito presente. Mas conta que descobriu como lidar melhor com esse sentimento.
"O tempo não é importante, o que importa é a qualidade desse tempo junto. Quantas pessoas estão o tempo inteiro fazendo alguma coisa, mas não estão presentes ali, de coração, com a consciência, com todos os sentidos ligados, voltados para aquele momento? Não adianta o tempo se você só tá ali cumprindo um papel. Tendo essa noção hoje eu sinto menos culpa, mas é claro que ainda sinto", detalha.
Sem polêmica familiar
Carol vem de uma família de pais separados e diz que acredita na funcionalidade de relacionamentos, independente se o casal é separado ou casado. "Mas, claro, quando a gente coloca o porém da separação, a gente traz muito mais oportunidade de disfuncionalidade", observa.
Quando oficializou seu novo casamento, surgiu nas redes sociais a polêmica sobre seu ex, o jogador Kaká, não ter sido convidado para a cerimônia. Segundo ela, está tudo bem, obrigada. O foco é manter a relação familiar preservada e funcional, sem cair em provocações de fora. "A gente encontrou essa funcionalidade que eu considero super saudável. E, dentro do nosso acordo, é algo muito tranquilo e resolvido entre todos", afirma.
A mãe de três conta que os mais velhos convivem de forma constante e saudável com o pai e o novo núcleo familiar dele, e que tudo acabou se encaixando.
'Eles têm duas irmãzinhas por parte do Kaká, e é muito divertido porque lá o meu filho é o único menino e a minha filha não, e na minha casa a minha filha é a única menina. Em cada casa eles têm um um lugar poupado do reinado deles', brinca.
Carol também compara a facilidade dos casais divorciarem hoje com o que acontecia antigamente, e entende que é preciso trabalhar o desenvolvimento pessoal para manter os relacionamentos saudáveis. "A gente tem que ter essa maturidade de não buscar a perfeição, porque senão a gente não vai ficar feliz em nenhum relacionamento. Respeitando que muitas pessoas como eu decidiram se divorciar, acho que é muito importante buscar um equilíbrio e uma funcionalidade com os novos arranjos familiares".