Minha irmã foi barriga solidária do meu filho: 'Desafiador e muito feliz'

Ao retirar o útero aos 15 anos de idade, a assistente de juiz Renata Pereira Sena não tinha o desejo de ser mãe por estar focada nos estudos e na carreira. "Sempre fui criada para ser independente, não para ser mãe", diz ela à apresentadora Mariana Kupfer, no programa AMAR, em parceria com Materna, a newsletter e editoria de Universa.

Newsletter

Materna

Conteúdo personalizado com tudo que importa durante a gravidez. Informe seu e-mail e tempo de gestação para receber a newsletter semanal.

Tempo de gestação
Selecione

Ao assinar qualquer newsletter você concorda com nossa Política de Privacidade.

Após se formar, se estabelecer profissionalmente e conhecer o atual marido, a quem sempre deixou claro que não podia gestar, os planos de Renata mudaram. Sem o útero, mas com os dois ovários preservados, ela realizou uma fertilização in vitro com a barriga solidária de uma de suas irmãs, Raíssa: "Muito generosa".

Etapas para realizar a barriga solidária

De acordo com Renata, o tratamento foi realizado pelo SUS, demorou quatro anos, considerando um ano em que o serviço ficou suspenso devido à pandemia, mas ela ressalta que é preciso estar disponível quando as consultas e os exames são agendados.

Na primeira etapa, ela passou em uma consulta na unidade básica de saúde e, posteriormente, foi encaminhada para o Centro de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, onde realizou exames e foi colocada em um grupo de FIV.

Durante os procedimentos, os embriões (com os óvulos de Renata e o esperma do marido) foram implantados no útero de Raíssa.

A gente estava muito nervoso, porque a primeira vez não tinha dado certo, a gente ficou bem triste. Na segunda vez, quando a gente viu o positivo, foi uma mistura de alegria, de alívio, de saber que realmente era para acontecer.Renata Pereira Sena

Chegada do bebê tão desejado

Com o nascimento do filho Henrique, Renata sentiu uma paz que nunca havia sentido em toda a sua vida. "Quando o vi, percebi que não era minha carreira, não era meu casamento. Eu tinha vindo para ser mãe dele. Por mais que tenha tido os desafios de ter retirado o útero, de ter feito a fertilização in vitro, tudo aquilo ficou pequeno para aquele momento".

Para Renata, compartilhar a maternidade com sua irmã foi uma experiência única. "Tenho muito orgulho, é uma jornada desafiadora, mas é tremendamente feliz".

Continua após a publicidade

A história de Renata Pereira Sena, da irmã e do filho é uma parceria entre Materna, a editoria e newsletter de Universa, e o programa AMAR, criando um espaço seguro e acolhedor para mães compartilharem histórias do seu maternar.

Se você está grávida, não deixe de se inscrever em Materna no box que aparece após o primeiro parágrafo dessa matéria. Os textos das newsletter acompanham cada semana da gestação com dicas de saúde mental, sexo, carreira e muito mais.

Deixe seu comentário

Só para assinantes