'Juíza me obrigou a ver ex-agressor e disse para deixar de fazer mimimi'
O que fazer quando uma juíza, em um processo de guarda, obriga uma mulher a estar na frente de seu ex-agressor? Essa é a pergunta que uma seguidora de Universa enviou para o quadro 'Metendo a Colher'. "Ela [a juíza] disse para eu crescer, voltar a falar com ele e parar de 'mimimi', mesmo tendo medida protetiva", contou ela.
Segundo Cris Fibe, a primeira atitude recomendada nesses casos é registrar uma reclamação formal no CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A colunista explica que a juíza está desrespeitando os protocolos do órgão, que, desde 2022, orientam que os julgamentos em todos os tribunais do país devem evitar discriminação e preconceito de gênero.
"Também é obrigatório agora no Brasil que as Varas de Família olhem as denúncias criminais contra esses homens, esses pais, esses agressores", acrescenta Cris.
Em seu relato, a seguidora de Universa afirma que registrou uma reclamação no CNJ, mas ainda não teve retorno.
A juíza está fazendo tudo errado, e te revitimizando, te violentando outra vez. Eu sinto muito por isso e eu sei que, infelizmente, o que você está passando não é caso isolado no Brasil, acho que pressionar e procurar o CNJ é uma ferramenta mesmo importante, boa sorte. Cris Fibe
Toda segunda-feira, a jornalista Cris Fibe tira dúvidas sobre violência contra a mulher no quadro "Metendo a Colher", publicado nas redes sociais de Universa.
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