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Crossfit de pepeca? Vagi yoga? Ginástica íntima ajuda a ter mais prazer

Com novos nomes, prática de exercícios íntimos vem atraindo mais mulheres Imagem: Getty Images

Colaboração para Universa*

19/12/2024 19h00

Já praticou crossfit vaginal hoje? Ainda não aderiu à tendência da vagi yoga? Brincadeiras à parte, esses são alguns dos novos nomes que os exercícios íntimos vêm ganhando para atrair mais mulheres para a prática. A ideia é elevar o cuidado com o corpo a um outro patamar, que mistura preocupação com a saúde, consciência corporal e, de quebra, ainda te ajuda a ter mais prazer.

Esse tipo de malhação íntima —que pode contar com o auxílio de acessórios e também tem entre as suas variantes o pompoarismo, os exercícios de Kegel e os yoni eggs— reúne exercícios que trabalham a musculatura do assoalho pélvico. São exercícios de contração e relaxamento profundos e de percepção sensorial da região.

O assoalho pélvico, que muita gente ainda não conhece, é como se chama comumente de chão da bacia: uma área que vai do púbis ao cóccix, formada por músculos, ligamentos e fáscias (tecidos que envolvem a estrutura do corpo), e que possui a função de sustentação de órgãos internos, como útero, ovários, bexiga e intestino.

Com os exercícios para o assoalho pélvico, exercita-se o entorno da vagina levando benefícios para toda a região íntima. As vantagens vão desde o fortalecimento dos músculos da região, evitando problemas como a incontinência urinária, até uma maior consciência corporal, que pode facilitar os seus orgasmos.

No Egito, na Índia, no Japão...

A ginástica íntima, centrada na ação de contração e relaxamento da musculatura circunvaginal, não é exatamente uma novidade. Há diversos registros históricos que revelam práticas como essas por mulheres de diferentes culturas, como dançarinas de dança do ventre no Egito, gueixas no Japão e adeptas do tantra na Índia.

Há também vários estudos que buscam comprovar os benefícios da prática. Como os feitos na década de 1940 pelo ginecologista americano Arnold Kegel, que criou uma série de exercícios para melhorar a saúde íntima de suas pacientes e ajudou tanto a popularizar a prática que a ginástica passou a ser conhecida como exercícios de Kegel. Acadêmicos brasileiros também já atestaram as vantagens da prática para a redução da incontinência urinária e para a melhora da função sexual, entre outros benefícios.

Só vantagem

Conheça alguns dos benefícios da ginástica íntima para a saúde física e sexual:

Condicionamento e fortalecimento da região pélvica;

Sensibilidade e consciência da região íntima;

Autoconhecimento;

Possível controle e até incremento dos orgasmos;

Melhora na lubrificação vaginal;

Redução de infecções urinárias;

Melhora na incontinência urinária;

Ajuda no prolapso genital (quando a musculatura vaginal fica fraca, podendo levar ao deslocamento dos órgãos da região);

Alivia dores na relação sexual;

Ajuda no tratamento de vaginismo.

Questão energética

Com nomes inusitados, como vagi yoga ou crossfit vaginal, profissionais vêm oferecendo treinamento em ginástica íntima para mulheres interessadas em exercer uma maior autonomia sobre o seu corpo. Cada especialista acaba adaptando os exercícios de acordo com a sua experiência e os objetivos de cada cliente e vai dando nomes à prática de acordo com as tendências de mercado ou com a corrente que segue.

Trabalhar a região do assoalho pélvico também pode ajudar no tratamento de doenças físicas. Porém,para quem não está acostumada a esse tipo de exercício, pode ser difícil reconhecer onde está a musculatura a ser trabalhada e saber se está fazendo a contração de forma adequada. Então, os exercícios podem ser feitos em casa, mas, de preferência, depois da orientação de um profissional.

Em alguns casos, pode ser preciso trabalhar mais a capacidade de contração. Em outros, o relaxamento. É o profissional especializado que vai analisar e indicar o melhor método.

Fontes: Aline Corrêa, praticante de pompoarismo; Aline Machado, fisioterapeuta e professora da Universidade Paulista; Natalia Carvalho, educadora física, terapeuta tântrica e especialista em uroginecologia; Paula Rodrigues, terapeuta energética; Thalita Freitas, fisioterapeuta e sócia e proprietária da Athali Fisioterapia Pélvica; e Yasmin Dias, praticante de yoni egg

*Com matéria publicada em 01/09/2021

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