Não é para só elogiar corpo, nem sumir: o que queremos dos homens em 2025?
De Universa, em São Paulo*
06/01/2025 19h00
Apesar de novos cenários para a vida amorosa serem motivo de empolgação para algumas mulheres, as preocupações com o comportamento dos homens, em relações heterossexuais, ainda refletem os mesmos desafios de sempre.
Será que é possível que eles mudem a postura para um 2025 com menos sumiço, menos "Zé IML" nas fotos das redes sociais e mais atenção ao prazer feminino na transa?
Mulheres entrevistadas por Universa contam o que esperam para relações afetivas e sexuais serem mais saudáveis nos futuros encontros.
O que não dá para repetir, segundo elas
O "ghosting" nosso de cada dia
Comportamento comum especialmente por causa da facilidade de suspender a comunicação pelas redes sociais, o "ghosting"— o chá de sumiço — é algo inaceitável para quem está disposta a voltar a ter um lancinho para chamar de seu, Esse é um atalho fácil e rápido de descarte, principalmente em tempos de aplicativos e redes sociais, onde os relacionamentos estão superficiais.
Não é tão difícil quebrar o ciclo do "ver a mensagem, não responder e deixar a pessoa no vácuo para sempre (ou até surgir a vontade de responder)". A expectativa é que os homens sejam mais sinceros sobre o interesse em manter o contato ou partir para o próximo flerte.
A falta de responsabilidade afetiva
Homens têm dificuldade em lidar com sentimentos e, por vezes, fogem de um relacionamento que está acontecendo por medo do desconhecido, que pode tirá-lo do controle da situação. E, em tese, está tudo bem. O problema é quando esse comportamento reflete em ausência de responsabilidade em relações de afetividade, dificultando o "jogo limpo" e comprometendo a saúde emocional da outra pessoa.
O egoísmo em uma relação que deve ser de troca
A infantilidade masculina não precisa estar no pacote de posturas masculinas em 2025. Homens com esse perfil precisam melhorar as atitudes em relação às mulheres com que se relacionam.
Desconstruir o machismo, que é cultural e faz tanto mal para as mulheres quanto para os próprios homens e procurar por autoconhecimento, o que ainda é tabu para muitos deles.
A "cantada" que é assédio
No meio deste ano, o termo "Zé IML" ganhou repercussão nas redes sociais. A definição: o tipo de homem que sempre que vê fotos de corpo das mulheres nas redes sociais passa a interagir com elas. Hábito que revela objetificação das mulheres, não é espécie de cantada.
Pelo fim do sexo em que só o prazer dele importa
Considerar a penetração vaginal a única forma de transar, reclamar para mudar de posições que mais agradem a parceira, tirar a camisinha no meio do sexo são algumas das ações que, esperamos, não podem ser replicadas nas relações do futuro; todas elas entram no rol do que é considerado "sexo machista" (a última, inclusive, pode ser reconhecida como violência sexual mediante fraude).
Porém, uma preocupação elementar: que, em 2025, eles liguem mais para o prazer feminino.
Fontes: Claudia Dem, psicanalista; Ivy Pires, modelo e produtora de eventos; e Thamiris Lima, atriz e cantora
*Com matéria publicada em 02/01/2022