'Minha filha ficou 115 dias na UTI, ninguém acreditou que daria certo'
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'Amar + Materna', é o programa apresentado por Mariana Kupfer que vai ao ar toda segunda-feira no YouTube de Universa e toda sexta às 20h no Canal UOL. No episódio desta semana, Tati Procópio conta dos momentos de tensão que viveu com a filha Serena, que nasceu prematura logo após a mãe receber o diagnóstico de uma síndrome que causa complicações na gravidez.
Tati passou por cinco gestações de alto risco e viu dois filhos morrerem antes de descobrir que tem SAF (síndrome antifosfolípide), um distúrbio autoimune na coagulação do sangue que causa trombose em artérias e veias.
"Não investiguei nada porque na primeira gestação o médico havia dito que era azar e na segunda também nenhuma explicação que eu tivesse algum problema", afirma.
Quando engravidou de Serena, sua quinta gravidez, ela já havia iniciado o tratamento para a síndrome e acreditava que, daquela vez, as coisas seriam diferentes. Mas logo nas primeiras seis semanas ela teve um descolamento de placenta.
O primeiro problema foi resolvido, mas na 26ª semana outras complicações apareceram e Serena nasceu prematura, pesando apenas 465g. Ela ficou 115 dias internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e seu prognóstico não era bom.
Voltar para aquela UTI foi horrível, ainda mais na mesma situação. A Serena correu risco de falecimento nos primeiros quarenta dias de vida. Ela teve necrose do rim, necrose do intestino, ela não fazia xixi e teve uma doença óssea chamada osteopenia [condição em que os ossos perdem massa óssea de forma gradual, tonando-se mais frágeis], ela quebrou o úmero [osso do braço].Tati Procópio

Após a alta, ela foi para casa respirando com a ajuda de oxigênio - o que também era um problema, já que, por conta da prematuridade, Serena nasceu com retinopatia, doença ocular que pode causar cegueira, e o oxigênio aumenta ainda mais os riscos nesse caso.
"Todos estávamos em casa por conta da pandemia, então a gente acabou se ajudando. Foi muita alegria, o momento mais esperado da minha vida foi poder levá-la para casa quando ninguém acreditava que daria certo. Queria levá-la no colo, não queria nem colocar no carrinho, porque era a minha vitória", lembra Tati.
Depois da internação, Serena também recebeu o diagnóstico de paralisia cerebral. Em casa, fez fisioterapia desde o primeiro ano de vida e conseguiu se desenvolver. Hoje, com cinco anos, ela ainda faz fisioterapia, fono e terapia ocupacional.
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