Chanel critica excessos em desfile de alta-costura
Por Sophie Hardach
PARIS (Reuters) - Ao lançar um chamado por um novo ascetismo em seu desfile de alta-costura nesta terça-feira -- num salão de baile repleto de celebridades e clientes ricos --, a Chanel prescreveu casacos brancos quadradinhos e saias de lã branca como cura para os excessos da época do boom econômico.
FOTOS: Veja os looks desfilados pela Chanel em seu desfile de alta-costura
Enquanto Karl Lagerfeld, estilista da Chanel, dizia que era tempo de uma grande limpeza, após anos de indulgência, o estilista rival Christian Lacroix preferiu ignorar a crise econômica, apresentando vestidos de tule cheios de babados e casacos de tafetá bordados.
"Tivemos um excesso de tudo, tapete vermelho demais, bijuterias ousadas demais, demais de tudo. Foi como ficar com o estômago empanturrado de comer coisas gostosas em excesso", disse Lagerfeld, falando dos anos de bolha que precederam a recessão.
"Então é preciso fazer uma grande limpeza. É um expurgo refinado", disse ele à Reuters depois do desfile, usando um terno preto de corte perfeito, óculos de sol e as luvas de couro com cravos que são sua marca registrada.
Tirando sua inspiração de uma página em branco, Lagerfeld vestiu suas modelos em saias até os joelhos, boleros e vestidos de alfaiataria com cintos pretos brilhantes, brincando em cima do clássico terninho de lã de Coco Chanel.
Mas houve ousadia bastante sob a forma de armações brancas fantásticas usadas na cabeça, brilho preto e branco e paetês, para o deleite dos fãs de Lagerfeld em Hollywood.
"Acho que a fantasia sempre é realmente importante em períodos diferentes no mundo. É bom perder-se na fantasia por um minuto ou dois", comentou a atriz Keira Knightley, sentada diante de uma das mesinhas brancas espalhadas pelo salão.
Mas a fórmula que ela própria emprega na moda é mais simples.
"Lamento dizer que não planejo meu guarda-roupa", disse a atriz a jornalistas. "Simplesmente visto o que estiver lavado."
Terninhos Chanel, sapatos de duas cores e bolsas acolchoadas deram o tom entre os clientes mais leais da maison presentes ao desfile. Mas, como outras grifes, a Chanel está sentindo o efeito do fim da orgia de compras de luxo e foi obrigada a encerrar os contratos de 200 de seus funcionários temporários.
PARIS (Reuters) - Ao lançar um chamado por um novo ascetismo em seu desfile de alta-costura nesta terça-feira -- num salão de baile repleto de celebridades e clientes ricos --, a Chanel prescreveu casacos brancos quadradinhos e saias de lã branca como cura para os excessos da época do boom econômico.
FOTOS: Veja os looks desfilados pela Chanel em seu desfile de alta-costura
AP A top dinamarquesa Freja Beha Erichsen e o estilista Karl Lagerfeld ao fim do desfile de alta-costura da Chanel, em Paris |
Enquanto Karl Lagerfeld, estilista da Chanel, dizia que era tempo de uma grande limpeza, após anos de indulgência, o estilista rival Christian Lacroix preferiu ignorar a crise econômica, apresentando vestidos de tule cheios de babados e casacos de tafetá bordados.
"Tivemos um excesso de tudo, tapete vermelho demais, bijuterias ousadas demais, demais de tudo. Foi como ficar com o estômago empanturrado de comer coisas gostosas em excesso", disse Lagerfeld, falando dos anos de bolha que precederam a recessão.
"Então é preciso fazer uma grande limpeza. É um expurgo refinado", disse ele à Reuters depois do desfile, usando um terno preto de corte perfeito, óculos de sol e as luvas de couro com cravos que são sua marca registrada.
Tirando sua inspiração de uma página em branco, Lagerfeld vestiu suas modelos em saias até os joelhos, boleros e vestidos de alfaiataria com cintos pretos brilhantes, brincando em cima do clássico terninho de lã de Coco Chanel.
Mas houve ousadia bastante sob a forma de armações brancas fantásticas usadas na cabeça, brilho preto e branco e paetês, para o deleite dos fãs de Lagerfeld em Hollywood.
"Acho que a fantasia sempre é realmente importante em períodos diferentes no mundo. É bom perder-se na fantasia por um minuto ou dois", comentou a atriz Keira Knightley, sentada diante de uma das mesinhas brancas espalhadas pelo salão.
Mas a fórmula que ela própria emprega na moda é mais simples.
"Lamento dizer que não planejo meu guarda-roupa", disse a atriz a jornalistas. "Simplesmente visto o que estiver lavado."
Terninhos Chanel, sapatos de duas cores e bolsas acolchoadas deram o tom entre os clientes mais leais da maison presentes ao desfile. Mas, como outras grifes, a Chanel está sentindo o efeito do fim da orgia de compras de luxo e foi obrigada a encerrar os contratos de 200 de seus funcionários temporários.
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