Bolsas de luxo concentram atenções em semana de moda de Paris
A elegância parisiense tem muitos emissários, mas talvez nenhuma adote um tom tão brincalhão quanto a designer de bolsas de luxo Olympia Le Tan, cuja terceira coleção baseada em mapas e globos trouxe modelos em novos formatos e mais exemplos do trabalho artesanal que é sua marca registrada.
Suas bolsas são produzidas por encomenda em conjuntos de 16 cada e são costuradas à mão em um ateliê parisiense, isso num momento em que a alta-costura e o mundo da moda mais amplo estão abandonando o tabu que cercava a terceirização, globalizando-se cada vez mais.
A estilista, que se formou como assistente do ex-diretor criativo da Balmain Gilles Dufour, disse à Reuters antes de seu desfile que não pretende converter seu negócio em uma franquia artesanal.
"Gosto do fato de ser uma produção de butique", disse Le Tan em entrevista concedida em um quarto de hotel, cercada por suas bolsas. "Trabalhamos como uma família, e eu participo pessoalmente de tudo o que a marca produz."
Para seu terceiro desfile, promovido na noite de domingo em um planetário de Paris, Le Tan, que é metade britânica, afastou-se dos designs de capas de livro que fizeram seu nome, mergulhando em lugar disso no mundo da cartografia.
Mapas, globos e livros com títulos como "Homem no Céu" foram a inspiração principal de sua coleção, conferindo uma forma distinta a cada novo objeto. Muitas bolsas perderam seus ângulos e ganharam formas circulares.
A inspiração para a coleção surgiu em abril, quando a erupção de um vulcão na Islândia interrompeu os planos de férias da estilista e a levou a pensar sobre o estado do planeta em termos irreverentes, contou Le Tan.
"Durante uma semana não houve voos na Europa. A impressão era que algo estava seriamente errado. Algumas pessoas estavam até falando sobre o fim do mundo em 2012, algo que achei muito engraçado na época."
"Esta é minha maneira de fazer uma brincadeira, depois de um ano em que tudo girou em torno de desastres naturais e pessoas se preocupando com o meio ambiente."
Le Tan ainda trabalha com uma equipe minúscula em seu ateliê em Paris e dá os retoques finais a muitas de suas criações costuradas à mão.
A coleção mais recente incluiu mais dos detalhes que são sua marca registrada, justificam os preços de suas bolsas - entre 230 e 1.900 euros - e explicam por que elas são vendidas em edições limitadas a cerca de 15 lojas no mundo.
"Muitos de meus amigos e das pessoas que me inspiram são designers de joias, não pessoas do mundo da moda, propriamente dito", disse Le Tan. "Compartilhamos um senso de escala e uma atenção a detalhes em alguns casos microscópicos."
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