Promotores retratam Weinstein como "estuprador" em julgamento de ex-produtor de Hollywood
Os promotores de Nova York começaram a apresentar a acucação no julgamento do ex-produtor de cinema Harvey Weinstein por estupro hoje e o descreveram como um homem poderoso de Hollywood que "não era páreo" para as mulheres que o acusam.
"O homem sentado bem aqui não era apenas um titã de Hollywood, era um estuprador", disse a promotora assistente Meghan Hast durante as declarações de abertura do julgamento diante do júri em um tribunal de Manhattan.
Weinstein, de 67 anos, declarou-se inocente das acusações de agressão sexual contra duas mulheres. Ele pode ser sentenciado à prisão perpétua se condenado na acusação mais grave, de agressão sexual predatória.
O julgamento é um momento decisivo para o movimento #MeToo, no qual mulheres vieram a público com acusações contra homens poderosos dos negócios e da política.
Damon Cheronis, um dos advogados de Weinstein, disse na terça-feira que pretende dizer aos jurados em suas declarações de abertura que as acusadoras de Weinstein lhe enviaram "dezenas de emails de amor" e "se gabaram" sobre as relações sexuais que tiveram com ele.
Antes de os trâmites de quarta-feira começarem, Weinstein saiu de um veículo utilitário esportivo branco com a ajuda de dois membros da sua equipe, um carregando um andador que Weinstein tem usado em aparições recentes no tribunal ao passo que se recupera de uma recente cirurgia nas costas.
Durante as declarações de abertura da acusação, Weintein ficou sentado quieto, ocasionamento bebendo água de um copo de plástico ou fazendo anotações.
Cerca de 100 pessoas lotaram a sala do tribunal, incluindo o promotor do distrito de Manhattan Cyrus Vance.
Desde 2017 mais de 80 mulheres, incluindo muitas atrizes famosas, acusaram Weinstein de conduta sexual inapropriada.
Weinstein, que reformulou a cena do cinema independente com filmes como "O Paciente Inglês" e "Shakespeare Apaixonado", nega as acusações e afirma que os encontros sexuais que teve foram consensuais.
O juiz James Burke disse aos potenciais jurados na semana passada que eles devem decidir o caso de Weinstein com base nas provas e não devem transformar o julgamento em um "referendo sobre o movimento #MeToo".
O julgamento começou no dia 6 de janeiro e deve durar cerca de mais seis semanas.
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