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Estátua de pioneira negra substituirá confederado no Capitólio dos EUA

Lua é vista atrás de gaivota em estátua nos jardins de Luxembourg em Paris (França) - Christian Hartmann/Reuters
Lua é vista atrás de gaivota em estátua nos jardins de Luxembourg em Paris (França)
Imagem: Christian Hartmann/Reuters

Scott Malone

De Universa

21/12/2020 16h17

Uma estátua da ativista negra dos direitos civis Barbara Johns, que teve um papel central na dessegregação do sistema de ensino público dos Estados Unidos, será instalada na rotunda do Capitólio norte-americano, informaram autoridades nesta segunda-feira, substituindo uma de um líder confederado pró-escravidão.

Johns tinha 16 anos quando liderou suas colegas de classe de uma escola de segundo grau exclusivamente negra da Virgínia em um protesto contra condições abaixo do padrão, o que levou a uma ação civil que foi resolvida em 1954 pela decisão Brown x Conselho de Educação da Suprema Corte, que declarou a segregação ilegal.

A estátua, fornecida pela Virgínia, substituirá uma do general Robert E. Lee, comandante do Exército dos Estados Confederados e do Exército da Virgínia do Norte durante a Guerra Civil dos EUA.

"O Congresso continuará nosso trabalho para livrar o Capitólio de homenagens ao ódio enquanto lutamos para acabar com o flagelo do racismo em nosso país", disse a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, em um comunicado. "Não existe espaço para se comemorar a intolerância da Confederação no Capitólio ou em algum outro local de honra de nosso país."

O deputado Donald McEachin, da Virgínia, disse no Twitter: "Estou ansioso para ver uma estátua de Barbara Johns, cuja bravura mudou nossa nação, representando a Virgínia aqui em breve".