Portugal faz luto nacional pelas vítimas de violência doméstica
Na véspera do Dia Internacional da Mulher, Portugal dedicou essa quinta-feira (7) para tratar de um problema que aflige muitos outros países. A reunião do Conselho de Ministros teve um minuto de silêncio para marcar o dia de homenagem nacional às mulheres vítimas de violência doméstica.
Na véspera do Dia Internacional da Mulher, Portugal dedicou essa quinta-feira (7) para tratar de um problema que aflige muitos outros países.
De acordo com a lei, as bandeiras portuguesas estavam a meio mastro em todos os edifícios oficiais. "A violência tem de acabar e isso representa um desafio coletivo para a sociedade e para cada um de nós. Falar sobre as vítimas é começar a agir", escreveu o primeiro-ministro Antonio Costa, em sua conta no Twitter.
O governo socialista interrompeu sua reunião semanal ao meio-dia para lembrar as vítimas da violência doméstica. Reunidos no Parlamento para um debate, os deputados se juntaram aos membros do executivo para mais um minuto de silêncio à tarde.
De acordo com o Observatório de Mulheres Assassinadas da UMAR (associação que combate à violência domestica), 28 mulheres foram assassinadas por seu cônjuge ou ex-cônjuge em Portugal, em 2018.
Segundo as estatísticas desta associação, que incitou as mulheres a se vestirem de preto nesta quinta-feira, um total de 503 mulheres foram mortas entre 2004 e 2018, em média mais de 33 casos por ano. Desde o início de 2019, a mídia local já relatou a morte de uma dúzia de vítimas.
"O feminicídio é um flagelo nacional e precisamos sensibilizar as pessoas", disse Manuela Tavares, membro do conselho da UMAR.
"O que acontece nos tribunais é escandaloso", acrescentou Tavares, referindo-se a vários veredictos nos quais a gravidade de certos casos de violência de gênero é minimizada pelos magistrados.
No centro da polêmica está um juiz do tribunal de apelação do Porto, no noroeste do país, que foi afastado na quarta-feira (6) de um caso desse tipo depois de ter desencadeado um escândalo por ter considerado que o caso extraconjugal de uma mulher representava uma circunstância atenuante para a violência que ela sofreu.
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