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Juliette Binoche, Isabelle Adjani e outras 50 celebridades francesas cortam os cabelos em solidariedade às iranianas

05/10/2022 11h23

Juliette Binoche, Isabelle Huppert, Marion Cotillard, Charlotte Gainsbourg e Isabelle Adjani estão entre as celebridades francesas que se filmaram cortando o próprio cabelo para demonstrar seu apoio às mulheres iranianas após a morte de Mahsa Amini, uma mulher curda de 22 anos que morreu em 16 de setembro depois de ser presa por violar o rígido código de vestuário do Irã.

Juliette Binoche, Isabelle Huppert, Marion Cotillard, Charlotte Gainsbourg e Isabelle Adjani estão entre as celebridades francesas que se filmaram cortando o próprio cabelo para demonstrar seu apoio às mulheres iranianas após a morte de Mahsa Amini, uma mulher curda de 22 anos que morreu em 16 de setembro depois de ser presa por violar o rígido código de vestuário do Irã.

Atrizes e cantoras francesas como Isabelle Huppert, Marion Cotillard e Isabelle Adjani cortaram uma mecha de cabelo em solidariedade à luta das mulheres iranianas, de acordo com um vídeo postado no Instagram nesta quarta-feira (5).

Enquanto a canção "Bella Ciao", interpretada por uma ativista iraniana, toca, as celebridades cortam seus cabelos em frente às câmeras.

O protesto do povo iraniano, a começar pelas mulheres, coloca em risco suas vidas. "Eles só querem ter acesso à liberdade mais essencial. Estas mulheres, estes homens, estão pedindo nosso apoio", explica o coletivo de celebridades no post do Instagram.

"A coragem e a dignidade deles nos obrigam a agir. É impossível não denunciar repetidamente esta terrível repressão (...) Decidimos responder a este apelo cortando também uma mecha [de cabelo]", explicam as atrizes e cantoras francesas.

Manifesto

A convocação para cortar uma mecha de cabelo diante de uma câmera, feita inicialmente por duas advogadas na França, acontece depois de um manifesto publicado no dia anterior por mais de mil personalidades do mundo cinematográfico francês, incluindo a atriz Léa Seydoux e o diretor do Festival de Cannes, Thierry Frémaux, para "apoiar a revolta das mulheres no Irã".

O uso do véu em espaços públicos é um debate recorrente na França, um Estado oficialmente laico. Desde 2004, o uso de sinais religiosos visíveis é proibido nas escolas e os funcionários estão vinculados ao princípio da "neutralidade".

Entretanto, grupos feministas defendem o uso do véu das mulheres muçulmanas em nome da diversidade e como medida de afirmação política.