Reforma aposta em linhas horizontais, vidro e integração de ambientes para melhor aproveitar os 60m² de área

O ponto de partida era um apartamento de 60 m² recém finalizado pela construtora e que precisava ser transformado em uma verdadeira residência, com algum estilo e toque pessoal.

A missão era desenvolver um layout funcional que abrangesse não só a especificação dos revestimentos, mas também o design de móveis no tamanho e materiais ideais para que não invadissem as áreas mínimas de circulação.

Flavio Castro foi o arquiteto responsável pelo projeto de interiores do apartamento Putti, em São Paulo, e executou a tarefa com êxito: paredes com textura, móveis bem resolvidos e espaços aproveitados de forma eficiente.

“A reforma consistiu na troca de todos os acabamentos originais e na personalização dos ambientes; além do projeto executivo, acompanhei a escolha dos materiais e revestimentos”, conta Flavio.

Pouco espaço, bom aproveitamento

Do marrom escuro no painel de madeira de demolição até o bege claro do piso nas áreas sociais, o projeto buscou compor, dentro de uma mesma paleta de cores, espaços integrados e contínuos, respeitando e aproveitando ao máximo as limitações espaciais.  

Um dos recursos que ajudou a otimizar a pouca metragem foi a implantação da mesa de jantar, inteiramente em vidro, afixada à superfície de madeira do balcão (a mesma madeira de demolição que dá fundo à TV), através de uma cantoneira de alumínio embutida e pintada de marrom. A mesa em “L” foi feita sob medida para o apartamento e o material escolhido não obstrui a vista.

Linhas horizontais também auxiliam no "ganho" de espaço. Elas estão presentes nos móveis retos e dinâmicos, que mantém um padrão tonal, além das tábuas que compõem os painéis de demolição ou da tela assinada por Newman Schutze (140x120 cm), exposta logo na entrada social. 

Visão global da obra

Lar de um jovem casal, o apartamento precisava oferecer possibilidades de expansão para a nova família, conseguidas através da estruturação de espaços híbridos: “o escritório poderá converter-se no quarto do filho, futuramente, adicionando berço ao nicho deixado pelos armários embutidos”, exemplifica Flavio.

O arquiteto gerenciou a obra, ficou encarregado de todos os detalhes construtivos e ainda ofereceu assessoria em lojas de mobiliário e galerias de arte durante a escolha das peças de decoração. O acompanhamento meticuloso rendeu um projeto conciso.

“Quanto menor o espaço total, mais importante se torna o trabalho conjunto com o cliente. Só esse contato próximo permite o real aproveitamento de cada metro quadrado, sem deixar de atender a todas as vontades do futuro residente”, conclui.