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Tamanho não é documento, estúdio abriga casa e trabalho em apenas 40 m²

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/08/2016 07h02Atualizada em 09/08/2016 08h41

Um jovem precisava de um espaço para desenvolver seus projetos: o estudante de design e arquitetura resolveu aproveitar a edícula da família e transformá-la em um espaço para viver e trabalhar. Para isso, entregou o pedido aos arquitetos do Grupo Garoa, que criaram um lugar agradável, iluminado e capaz de atender as necessidades do morador que realiza pinturas, tatuagens, desenhos, gravuras e projetos de ourivesaria.

Com 40 m², o estúdio Campo Grande, na capital paulista, abriga escritório, ateliê e uma quitinete. Apesar de delimitados por portas de correr envidraçadas, quando necessário, as oficinas contam com bancadas e prateleiras de concreto que se estendem desde o escritório, ocupando a totalidade da parede. O piso, revestido com blocos de concreto intertravado e polido, percorre todo o térreo, dá uniformidade ao ambiente e é resistente o bastante para suportar os trabalhos do designer.

O corte mostra os usos e ambientes da edícula, com reforma assinada pelo Grupo Garoa - Garoa Arquitetos/ Divulgação - Garoa Arquitetos/ Divulgação
O corte mostra os usos e ambientes da edícula, com reforma assinada pelo Grupo Garoa
Imagem: Garoa Arquitetos/ Divulgação
Para alcançar o quarto, uma escada marinheiro dá acesso ao mezanino, onde está a cama do jovem e a prateleira que faz as vezes de criado-mudo e guarda-corpo. O apoio para o espaço elevado é o banheiro. Na extremidade oposta, fica uma pequena área de estar com sofá.

Para solucionar o problema da iluminação reduzida por causa das três paredes cegas, os arquitetos optaram por elevar duas seções do telhado em diferentes alturas e instalar em tais desníveis janelas que permitissem a entrada de luz natural. Com esse recurso, o espaço ficou com três 'pés-direitos' (veja o desenho acima), tendo 4,5 m o trecho onde foi criado o mezanino; 2,6 m a área central do ateliê e 3,1 m o ponto mais baixo, no estar. 

Para baratear a obra e criar um efeito diferente, as portas de correr que limitam o estúdio foram montadas como um mosaico de vidros de demolição. Por tal razão,  os caixilhos de madeira foram preenchidos de acordo com o tamanho das lâminas, o que contribuiu para reforçar o espírito de arte do espaço. 

Ficha técnica

Estúdio Campo Grande, São Paulo (SP)

Projeto de Grupo Garoa Arquitetos

Detalhes do projeto
  • Área Construída 40 m²
  • Equipe Grupo Garoa Arquitetos Associados
  • Projeto Estrutural - Aço Ricardo Farias (serralheria)
  • Construção José Amilton
  • Gerenciamento da Obra Grupo Garoa Arquitetos Associados
  • Projeto Luminotécnico Grupo Garoa Arquitetos Associados