Na última sexta-feira (25), Larissa de Macedo Machado se tornou a primeira brasileira a alcançar o topo global da plataforma Spotify, com o hit "Envolver". Acumulando mais de 6 milhões de streamings em um único dia, com 71 milhões de plays na música, cantada em espanhol, a cantora que escolheu o nome artístico de Anitta é hoje uma das artistas mais relevantes do mundo.
A conquista teve gosto de presente de aniversário adiantado, já que nesta quarta-feira (30), a cantora completa 29 anos. Motivos para comemorar realmente não faltam. Nascida em Honório Gurgel, no Rio de Janeiro, sob o signo de Áries, Anitta ostenta um título que poucas pessoas podem dizer que têm: é uma artista de milhões.
Há quem diga que a conquista de Anitta uniu o Brasil como se fosse Copa do Mundo. E com dancinha envolvente: não faltaram vídeos de famosos e anônimos (alguns fãs fizeram até flashmob nas ruas) descendo os braços até o chão para empinar o bumbum e rebolar, como a artista mostra no clipe de "Envolver".
"Número 1 do mundo. Eu realmente não sei o que dizer. A primeira mulher latina a ser número um, solo, no mundo. A única brasileira na história do meu país a ter uma música no top 5 do mundo. Oh, meu Deus", escreveu Anitta sobre o feito, assim que acordou após uma festa de aniversário surpresa, antecipada, realizada em sua casa para amigos e familiares.
No final de semana, ela esteve no palco do festival Lollapalooza, em São Paulo, para cantar "Boys Don't Cry", música que lançou em inglês, ao lado de Miley Cyrus. O evento foi alvo de uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral para proibir manifestações políticas dos artistas e do público sob multa de R$ 50 mil para quem descumprisse. No Twitter, Anitta ironizou o valor —"Menos uma bolsa" — e escreveu "Fora, Bolsonaro" —a ação, porém, foi protocolada com o CNPJ errado do festival e invalidada. Sem receio de se posicionar politicamente, a artista também já deu o recado para os jovens tirarem o título de eleitor para participarem das próximas eleições. "Vocês ficam falando: 'Anitta, faz alguma coisa', mas não dá pra salvar o país sozinha, não".
Na entrevista para Jimmy Fallon na TV norte-americana, há um mês, Anitta contou que o ímpeto de ter uma carreira internacional veio justamente por terem dito a ela que era difícil para brasileiros romperem os limites do sucesso nacional. Em um vestido da grife francesa Mugler, disparou: "Sempre que escuto a palavra impossível, eu quero fazer isso".
Sabendo que era impossível, a funkeira "made in Honório" foi lá e fez. Como ela consegue?