Bem-humorada e falante, Regina Elisabete Ventura, 79 anos, gosta de conversar sobre a vida, dos filhos, dos netos e de religião. Apesar de ser boa de papo, às vezes, precisar fazer pausas nas histórias para tomar um fôlego extra. Por causa da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) - doença incurável que tira a vida de 3 milhões de pessoas por ano no mundo - ela precisa permanentemente de oxigenação. "Foi o cigarro que me trouxe até aqui, né? Fumei a vida toda", conta.
Hoje (9), Dia Mundial de Cuidados Paliativos, que em 2021 aborda o tema "Não deixe ninguém para trás - Equidade no acesso aos Cuidados Paliativos", Universa mostra como Regina Elisabete passa os dias no Hospital Premier, na Vila Cordeiro, zona sul de São Paulo, referência em cuidados paliativos no país.
No vídeo que você pode assistir a seguir, ela conta que desde quando descobriu a doença, há 8 anos, já fez as pazes com a morte e pediu unção dos enfermos seis vezes achando que iria embora. "A qualquer momento posso ter uma parada cardiorrespiratória e não vai ter jeito. Então, estou bem preparada", afirma.
"Eu estou que nem aquela música 'Deixa a vida me levar, vida leva eu', porque cada dia que acordo é um novo dia. Então tem que agradecer a Deus por tudo que ele faz por mim", e cantarola trecho da letra imortalizada por Zeca Pagodinho.