Se a beleza pós-pandemia tem uma cor, ela é verde. Não, não estamos falando da paleta primavera-verão de estojos de sombras ou dos esmaltes da temporada. Verde é a estratégia do setor de beleza, que tem apostado na sustentabilidade para crescer em meio a crise e deve fechar o ano no azul em plena pandemia.
A mensagem de um futuro mais sustentável não é nova: há muito tempo as empresas vêm tomando iniciativas verdes, como usar matérias-primas recicladas ou extraídas de forma a não prejudicar o ambiente. A diferença agora é que as metas são arrojadas e os investimentos para elas, bilionários. Zerar o uso de plástico virgem em embalagens, unidades fabris que neutralizam as emissões de carbono na atmosfera em pouquíssimo tempo e o fim do desmatamento na Amazônia estão entre elas.
Além disso, a mensagem que a indústria de beleza traz é que sustentabilidade ultrapassa as fronteiras da preservação à natureza. Só é sustentável, afinal, uma companhia que se preocupa com matéria-prima, entorno, cadeia produtiva, comunidade. Para isso, metas de diversidade e de equidade salarial entre homens e mulheres também foram inseridas como parte do plano para o que se convencionou chamar de "novo normal" - esse esperado futuro pós-pandemia.
Se o coronavírus reforçou a necessidade de transformação, boa parte desses objetivos já estavam em andamento. Muitos, de longo prazo, estão sendo desenvolvido há anos. Mas eles se mostram especialmente essenciais em momentos como o que vivemos.