Imagina só: você é uma mulher solteira que mora sozinha e, de repente, vira mãe de dois filhos grandes. Aconteceu comigo e mudou totalmente a minha vida.
Em 2020, aos 28 anos, levei um susto no dia em que achei que estava grávida. Não estava, ainda bem, mas pensei: 'Se eu estivesse, daria conta de criar, amar, educar, alimentar'. Então entendi que poderia começar a estudar a possibilidade de ser mãe. Isso estava nos meus planos e me imaginava tendo filhos por volta dos 30 anos —mesma idade com que minha mãe me teve.
Não estava com uma pessoa fixa, com quem eu pensasse em dividir a responsabilidade de criar um filho, mas também nunca associei ser mãe com estar casada.
A pessoa pode ser muito boa num relacionamento, mas não necessariamente pensar da mesma forma que você sobre a criação de filhos. Além disso, a mulher pode não ser mãe solo, mas viver uma maternidade solitária, mesmo dividindo a casa com outra pessoa.
Fui até a Vara da Infância da minha cidade para entender como funcionava, dei meu nome e me inscreveram na reunião de novos pretendentes. Lá, explicaram todo o passo a passo do processo, e decidi que esse era o caminho que gostaria de seguir.