"Vamos fazer uma pauta de como é ficar um mês sem comprar nada embalado em plástico?"
Mal ouvi a pergunta na redação e saí logo levantando a mão: eu faço! Estava animada porque havia visto alguns posts nas redes sociais de amigas que deram dicas de como diminuir o consumo do material e fizeram parecer possível. É uma tendência mundial. E, naquele momento, estava especialmente incomodada por ter comprado um bolo que vinha dentro de uma embalagem de plástico, envolto em um saquinho plástico amarrado com uma fitinha de plástico acompanhado de um garfinho de plástico. Estava uma delícia, mas eu pensei que o lixo que a minha gula estava gerando não era certo.
Mas como aplicar um mês assim na minha vida trabalhando fora, acumulando empregos, cuidando de um bebê de dois anos, morando com dois adolescentes e uma gata? Como fazer isso dar certo enquanto revezo com meu marido as coisas da vida real, como deixar almoço pronto, tirar o lixo, trocar as fraldas? Antes de dizer que não conseguia enfiar uma rotina mais ecológica na minha maluca não-rotina, decidi criar algumas regras e pensar até que ponto eu conseguiria ir.
Afinal, dizer que é impossível não facilita nada, não é?