Foram os piores três meses da minha vida.
Fazia casting atrás de casting, mas não trabalhava, não era chamada para nada. Ficava naquela expectativa, no vai ou não vai. Era muita agonia e eu não tinha muita paciência, porque tinha deixado meu filho de um ano no Piauí, precisando da mãe.
Quando saí de Miguel Alves [cidade de 30 mil habitantes no Piauí] para participar de um concurso em São Paulo, não pensei que a carreira de modelo ia vingar. Pensei que ia fazer uns bicos, ganhar um dinheiro, não tinha pretensão nenhuma.
Eu amo a minha cidade, mas lá não tem muita oportunidade. E a carreira de modelo foi a chance que eu tive de sair de lá, construir um futuro melhor para mim e para o Alexandre. Ser modelo não era um sonho, mas graças a Deus eu estava no lugar certo e na hora certa. Por isso, deixei o Alexandre com a minha mãe e vim para São Paulo.
Nunca pensei 'o Alexandre é um estorvo na minha carreira' ou que alguma coisa não daria certo porque eu tinha ele. Afinal, fiz tudo por ele. E ainda faço.