Tá bom. Se eu sou a puta, eu vou ser a puta. Foda-se. Querem falar, que falem.
Não que isso tenha sido fácil de digerir. Mas qual era a opção? Brigar o resto da vida? Não tinha o que fazer. Aceitei.
Colocaram o selo de vagabunda na minha cara por uma coisa que eu não fiz. Se fosse para colocar algo, deveria ter sido posto na cara dele também. E, no fim, ainda carimbei a história toda quando fiz a Playboy [na capa da revista de março de 2010, Tessalia segura uma mangueira que jorra água em seu rosto]. Aceitei aquilo que me colocaram. Hoje não sei se teria aceitado. Teria brigado? Talvez.
Já tinham ido pra baixo do edredom em outras edições. A gente foi também. Era um beijo mais quente, uma pegação. Não bati uma pra ele, ele não bateu uma pra mim. Talvez tenha rolado uma mão devagar. Mas não muito mais do que isso.
Fui eliminada na terceira semana e não sabia por quê. Ah, eu era polêmica na internet. Era a mulher mais seguida no Twitter no Brasil, com 40 mil seguidores. Da minha personagem, a Twitess, umas pessoas gostavam, outras não. Achei que tinha saído por causa de alguma coisa da internet.
Minha mãe foi me abraçar no paredão e falou assim: "Você é a vilã, mas tá tudo bem". Só respondi: "Tá".
O [apresentador Pedro] Bial fez umas perguntas, e eu fui pra uma sala pra dar entrevista coletiva. Eu era uma menina da internet, famosinha, depois de um programa de TV. Chego numa sala com 20 jornalistas. "Tem uma polêmica, você sabe que a namorada do Michel falou uma coisa aqui fora?" "Não." "Mas você sabe que ele tinha namorada?" "Não."
"E quando você fez o sexo oral embaixo do edredom?"
"Quê?"