Talvez você já tenha lido algum texto meu no UOL. Até ano passado, eu era repórter de Universa e hoje só apareço por aqui de vez em quando. Em 2022, passado o pior da pandemia, depois de quase 2 anos trabalhando de casa, tomei a decisão de abandonar meu emprego CLT em um escritório no centro de São Paulo para atuar de maneira totalmente remota.
Não fui a única. Insatisfeitas e esgotadas, milhões de pessoas pediram demissão em 2022 (no Brasil, foram quase 7 milhões), na tentativa de achar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Eu me encontrei no home office e, por mais brega e instagramável que o título pareça, hoje, aos 26 anos, sou nômade digital. Sigo trabalhando com produção de conteúdo para revistas, websites e portais de notícias, mas agora de qualquer lugar do mundo — seja uma praia na América do Norte ou a casa dos meus pais, no interior de Mato Grosso do Sul.
Desde que larguei meu emprego como repórter de uma plataforma de conteúdo para mulher — não foi uma decisão fácil, como qualquer garota que cresceu assistindo "Sex And The City" possa imaginar — já morei em cidades diferentes do Nordeste brasileiro e, agora, estou passando um tempo fora do país. Mas minha vida não é perfeita. Há realidades do nomadismo digital que as redes sociais não mostram.