"Rotina de quebrada e eu neguinha posturada, sentada com a de time e Kenner rosa na calçada. Cê fica obcecado com a minha coxa tatuada", manda MC Luanna, na música "Set AJC", feat com a rapper Júlia Costa. Em "Kit Rosa", ela chama: "Pode vir de bonde que aqui cê num arruma nada, sigo de cabeça erguida e dart na cara. Filha, eu sei que tu gosta quando o bonde passa trajando o kit rosa".
O estilo da braba —que pode ser "a mina chavosa" ou mandrake, em São Paulo; a da estética de cria, no Rio de Janeiro; ou a tchuca, em Minas Gerais— engloba uma moda produzida na periferia para a periferia e que vem impulsionando uma geração de estilistas, em sua maioria mulheres negras.
No look delas, não faltam camisas de time, saia curta, tênis e acessórios grandes, como brincos de argola, muitas correntes e óculos dart da Oakley. Para finalizar, um caprichado baby hair nos cabelos, unhas de gel e alongamento de cílios.
Esses elementos marcam presença em muitas músicas, a exemplo da faixa "Lui Lui", das rappers paulistanas Tasha & Tracie, ícones no cenário do hip hop atual: "Plasma 911, comprei meu jaco da Onbongo Staff, agora uso Ivy Park com saia da Cyclone". As gêmeas concluem a ideia na letra de "Tang": "Essas são as meninas que os menino gosta".