Uma calça tamanho 46, um vestido P e um blazer GG. Parece não fazer sentido, mas esse foi o resultado das compras da arquiteta Amanda de Brito, 27 anos, em três das principais lojas fast fashions do país: Renner, Riachuelo e C&A.
Toda mulher, não importa o formato do corpo, possivelmente já passou por situação semelhante: vestir peças de tamanhos totalmente diferentes dependendo da loja em que compra. Ou até mesmo encontrar, na mesma loja, roupas com modelagens variadas.
Universa acompanhou Amanda (que acredita ser tamanho M) em seu périplo pelas lojas onde costuma comprar com mais frequência. Ela prefere as fast fashions porque, além do preço, há mais opções de modelos e mais chances de acerto. Além disso, o formato self-service dispensa o compartilhamento da experiência com as vendedoras.
"Dá vergonha ficar pedindo mais peças. A sensação é que uso um tamanho médio que não existe."
Para o provador, ela geralmente precisa levar três tamanhos diferentes de cada peça: "Nunca sei qual vai servir". O perrengue é ainda maior por causa do limite de peças estabelecido pelas lojas a cada ida ao provador, ou seja, ela sempre tem que fazer diversas idas e vindas até achar as peças que melhor sirvam.
Com 1,72 m de altura e 74 quilos, foi obrigada a provar vestidos que variaram do P ao M, calças do 42 ao 46 e blazers entre M e GG. E a variação de tamanhos às vezes aconteceu com peças da mesma loja.
"É um horror. Para mim, que vivo preocupada com a balança, o impacto na autoestima é grande", conclui Amanda, que você vê nas fotos desta reportagem.