A violência contra mulheres e meninas é um drama que está arraigado na cultura brasileira. A ausência de educação sexual desde cedo, o desconhecimento sobre o próprio corpo e os limites do corpo do outro, a confusão entre amar e controlar, entre outros tantos problemas acabam fazendo com que crimes sejam banalizados. Filhas, esposas, netas, enteadas e irmãs vivem sob o mesmo teto, comem na mesma mesa que seus agressores. Muitas gestam e dão à luz filhos deles. Outras enfrentam clínicas clandestinas ou tribunais para poder abortar.
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre março de 2020, mês que marca o início da pandemia de covid-19 no país, e dezembro do ano passado, foram registrados 2.451 feminicídios no Brasil e mais de 100 mil casos de estupro de mulheres e meninas.
É para mudar cenários assim que trabalham as finalistas da categoria Conscientização e acolhimento, do Prêmio Inspiradoras 2022. Em São Paulo, a médica Ana Flávia d'Oliveira criou protocolos para que os serviços públicos de saúde possam atender as vítimas de violência com os cuidados específicos que a condição exige. Em Rondônia, a psicóloga Anne Cleyanne Alves idealizou uma organização não governamental para combater, principalmente, o estupro de meninas por seus familiares. Em Belo Horizonte, a psicóloga Pollyanna Abreu elaborou uma metodologia que guia o processo terapêutico de mulheres que estão em relacionamentos abusivos ou têm sequelas depois de ter saído de um.
Conheça a seguir a história de cada uma delas e, ao final da reportagem, escolha a sua favorita e vote!