Somente este ano, 66 mil mulheres devem ser diagnosticadas com câncer de mama no país, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Tratam-se dos tumores que mais afligem as mulheres (29,7% do total de casos) (sem contar o câncer de pele não melanoma, mais comum entre todas as pessoas, homens e mulheres). O diagnóstico precoce aumenta (e muito!) os índices de sucesso dos tratamentos. As chances de ficar livre da doença chegam a 95% quando ela é flagrada em estágio inicial (tumores com menos de um centímetro).
No Brasil, infelizmente, não é o que acontece com a maioria das pacientes. Um levantamento de dados feito pelo Gênero e Número a partir do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS), em parceria com o Instituto Avon, mostrou que no primeiro semestre do ano passado, mais de 438 mil dos 941 mil tratamentos de câncer de mama, ou seja, 48% do total, foram para estágios mais avançados do câncer de mama. Ao mesmo tempo, eles custaram 81% (R$ 241 milhões) do total de R$ 296 milhões gastos pelo SUS com a enfermidade. Por um lado, mulheres atendidas com menos chances de cura e com tratamentos mais agressivos, e por outro, gastos na saúde que poderiam ser melhor utilizados para o diagnóstico precoce.
É para garantir que as mulheres tenham acesso ao diagnóstico precoce, além de acesso rápido a tratamentos cada vez mais efetivos e menos agressivos que essas três mulheres dedicam seu tempo. Conheça a seguir o perfil de cada uma delas. A economista Anna Gabriella Antici fundou a ong Protea para diminuir o tempo de espera na fila pelo tratamento. A oncologista Camilla Rebouças descobriu que é possível tirar o corticoide, que traz efeitos colaterais quando usado em altas doses, do esquema de medicamentos para prevenir náuseas e vômito durante a quimioterapia, sem causar desconforto para as pacientes. Já a geneticista Maria Isabel Achatz rastreou a síndrome de Li-Fraumeni no Brasil. A síndrome causa câncer, principalmente o de mama, e diagnosticar quem tem a mutação pode evitar o surgimento da doença por meio de acompanhamento sistemático e diagnóstico precoce.
A seguir, conheça melhor quem são elas e os detalhes dos trabalhos que desenvolvem. Ao final, escolha sua favorita e vote!