Sabe onde Ingrid Guimarães gravaria a temporada 2020 de seu programa "Além da Conta"? Na China. Sim, lá mesmo, onde surgiu o coronavírus. Por motivos óbvios, a viagem foi cancelada.
Bem no comecinho da quarentena, quando seu equilíbrio emocional estava por um fio, a atriz recebeu uma ligação do canal GNT sugerindo que transformasse a recém-declarada pandemia em pauta da atração, que ela escreve junto com uma equipe. Bateu um medinho: difícil fazer graça em um momento de sofrimento coletivo. Mas, ainda em maio, o "Além da Conta #Confinados" foi ao ar e deu muito certo.
Tanto que mais dez episódios foram produzidos na sequência, desdobrando o assunto: entender a vida pós-pandemia. O último episódio de "Além da Conta - Novo (A)Normal" vai ao ar nesta quarta (23).
"A gente ganha tantas coisas incríveis com essa profissão. Já ganhei dinheiro, comprei apartamento, fiz grandes sucessos. Na pandemia, muita gente quebrou, separou, perdeu gente. Agora, me sinto retribuindo para a pessoa que está na pandemia, triste..."
De seu novo apartamento na zona sul do Rio de Janeiro, Ingrid conversou com Universa. "Estou tentando dar o mesmo tamanho para a vida pessoal e o trabalho. É uma grande missão para uma pessoa como eu, tá?", diz ela que, aos 48 anos, tem 4,2 milhões de seguidores no Instagram, 2 milhões no Twitter, 1,7 milhão no Tik Tok e 1,2 milhão no Facebook.
Manter esse dínamo criativo rodando cobrou um preço. Há um ano, passou a ter crises de ansiedade. O coração disparava, de repente, sem gatilhos externos.
"Gosto de controlar. E aquilo começou a me dar angústia. Daí minha terapeuta falou: toma o CBD. O CBD é uma coisa muito mais a longo prazo, até porque é feito de uma planta, né?". Além do remédio natural, substância retirada da cannabis sativa (maconha) sem psicoativos, que age sob o sistema nervoso central e tem efeitos terapêuticos, Ingrid começou a malhar e fazer ioga. Deu certo e ela voltou ao eixo. Daí veio a pandemia...