Paola Carosella tem uma presença mesmerizante.
Além de medir 1,77 metro, a chef argentina tem braços longos com músculos torneados, olhos que sustentam o olhar nos do interlocutor e um meio sorriso insistente que, apesar de morar numa boca pequena, passa mensagens inequívocas de ironia, sedução e "não quero falar sobre isso, ok?".
Paola tem uma história familiar torturante. Seus pais morreram quando ela era muito jovem. Em outubro, a chef completa 47 anos, idade que a mãe, Irma, tinha quando morreu. "Tive medo. Tem algumas coisas da morte da minha mãe que ainda estão ali e precisam ser resolvidas", diz Paola, que tem a mãe como referência maior: "Muito do que acho bonito em mim é dela. Mas eu tenho algo que ela não tinha. Eu gosto muito de mim e ela não gostava dela". Foram 20 anos de análise, filha e amores, e Paola fez "uma família de retalhos maravilhosa". "Sou uma pessoa muito feliz hoje".
A argentina teve no programa "MasterChef" um turning point em vários aspectos. Foi lá que ganhou bastante dinheiro, que ficou nacionalmente conhecida e que descobriu seu capital erótico. Ela é a figura mais atraente do programa. Mistura afetividade com violência, sedução com choro e experiência com olhos abertos para o novo. A próxima temporada do programa, que começa no dia 24, estreará em novo dia e horário: oito da noite, no domingo.
Sim, "MasterChef" vai concorrer com o "Fantástico". Ossobuco duro de roer? "Pode ser... Não sei, eu não vejo TV; nem tenho televisão em casa", diz a chef que, nesta entrevista, entrega muitas mais delícias: esses dias, deixou um velhinho "patético" passar a mão na sua bunda, na manhã que conheceu o homem que viria a ser seu marido, teve '48 graus' de febre e acha que Jair Bolsonaro é o resultado "da política podre e da destruição do PT pelo PT".