Gabriela se olha no espelho e gosta do que vê. Alexya é mãe de três filhos. Amanda ocupa um cargo de liderança na profissão que escolheu.
Se você pertence a um grupo que é alvo constante de violência física e moral, é expulso de casa antes de completar 18 anos, dificilmente chega ao ensino superior e não vê chances mínimas de ingressar no mercado de trabalho formal, essas conquistas são ainda mais especiais. Há uma realidade trágica para a população transgênero no Brasil, país com a maior taxa de assassinatos de trans no mundo, mas também há vitórias. E o sucesso de uma significa abrir caminho para outras.
Hoje, Dia Nacional da Visibilidade Trans, Universa ouve duas mulheres transexuais e uma travesti cujas histórias devem ser comemoradas: a da atriz Gabriela Loran, que constrói sua autoestima a partir do afeto da família e da constante validação do amor-próprio; a da reverenda Alexya Salvador, primeira travesti a adotar no Brasil e, hoje, com três filhos; e a da advogada Amanda Souto Baliza, primeira trans a presidir uma comissão da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no país.