Leve seu amigo gringo para provar o Brasil todo sem sair de São Paulo
Vai receber um amigo estrangeiro por alguns dias na cidade? É cada vez mais comum que os turistas escolham passar um tempo em São Paulo, uma cidade que antes não fazia parte dos roteiros de viajantes internacionais que vinham ao Brasil e agora finalmente pode mostrar suas atrações.
Talvez seu hóspede não saiba o quanto a culinária brasileira difere de um lugar para outro. Nem que São Paulo é o melhor lugar para provar de tudo. O arroz com feijão é básico e define o cardápio nacional de norte a sul, porém tem um universo inteiro de sabores a ser explorado.
Comece os dias do jeito mais paulistano possível: escolha sua padaria favorita e leve o amigo para comer um pão na chapa e tomar um pingado. Se ele não se apaixonar pelo miolo dourado, crocante e untuoso do pãozinho francês "frito", desconfie. Daí pra frente, de petiscos para o meio da manhã ou da tarde, até almoços e jantares que mais vão parecer um banquete, faça seu mapa e explorem esse Brasilzão a cada mordida.
Pão de Queijo da Haddock Lobo
Desde 1968, essa portinha embaixo do toldo azul é garantia de um pão de queijo delicioso e sempre fresco e quentinho nos Jardins. A origem do pãozinho é mineira mas o quitute conquistou o país todo já. Há quem prefira as receitas em que a massa é mais firme, mas o da Haddock (R$ 7,20 a unidade) é do tipo que puxa quando mordido.
Vai lá:
Rua Haddock Lobo, 1408, Jardins.
Segunda a sábado, das 8h às 20h20.
Domingo, das 9h às 19h.
Telefone: (11) 3088-3087
Veloso
O bar da rua tranquila, ao lado da caixa d’água, um dia já foi apenas um bar de bairro. Hoje atrai gente de toda a cidade e fica lotado todos os dias da semana. Os motivos do sucesso são duas coisas que já são patrimônio nacional. Afinal, quem se arrisca a dizer em que lugar foi inventada a caipirinha (a partir de R$ 20, dependendo da cachaça escolhida) ou a coxinha (R$ 6 a unidade ou R$ 33 a porção com seis)? Fato é que nenhum estrangeiro pode ir embora do Brasil sem provar essas duas coisas, e as de lá são premiadíssimas.
Vai lá:
Rua Conceição Veloso, 54, Vila Mariana.
Terça a sexta, das 17h30 à 0h30.
Sábados, das 12h30 à 0h30.
Domingos, das 16h às 22h30.
Telefone: (11) 5572-0254
Consulado Mineiro
O restaurante está firme e forte desde 1991 na cidade e é o lugar para quem gosta do tempero mineiro. Os pratos são fartos e o lugar tem aquele jeitinho de casa de fazenda brasileira, cheio de aconchego. Um dos combinados de maior sucesso é o Zona da Mata (R$ 99), que serve facilmente duas pessoas muito bem e vem com carne-de-sol na manteiga, tutu, couve, mandioca frita e arroz. Outra boa pedida é mostrar logo todas as cartas de Minas Gerais com o leitão à pururuca, que inclui tutu, farofa, couve e arroz (R$ 115). Há outros dois endereços além da charmosa casa da Praça Benedito Calixto: um no Jardim Paulistano (na Rua Professor Arthur Ramos, 187) e outro em Pinheiros (na Rua Cônego Eugênio Leite, 504).
Vai lá:
Praça Benedito Calixto, 74, Pinheiros.
Terça a sábado, das 11h45 à 0h.
Domingo, das 11h45 às 23h.
Telefone: (11) 3088-6055
Mocotó
A Zona Norte da cidade guarda o restaurante de comida nordestina mais famoso dessas bandas atualmente. Além da comida em si, é uma ótima oportunidade para dar um passeio fora dos limites do centro ou dos pontos turísticos óbvios. Depois de comer de tudo um pouco, uma caminhada pelas ladeiras do bairro faz transparecer uma arquitetura genuinamente paulistana, que não é mais tão fácil de se ver em outros cantos. Para ficar no clássico, peça um baião de dois (R$ 16,90 o mini, R$ 34,90 o grande) e o caldo de mocotó (R$12,90 o mini). Não esqueça dos dadinhos de tapioca (R$ 15,90 com seis unidades).
Vai lá:
Avenida Nossa Senhora do Loreto, 1100, Vila Medeiros
Segunda a sexta, das 12h às 23h.
Sábado, das 11h30 às 23h.
Domingos e feriados, das 11h30 às 17h.
Telefone: (11) 2951-3056
Sotero
Salvador (de onde vem o gentílico soteropolitano) é só uma das inspirações desse restaurante que mistura sabores brasileiros de um jeito descontraído. Muitos dos ingredientes são garimpados e trazidos da Bahia. Vale provar a o xinxim de galinha (R$ 51,90) e a moqueca de cação (R$ 59,20).
Vai lá:
Rua Barão de Tatuí, 282, Vila Buarque.
Terça a quinta, das 12h às 15h e das 18h às 23h.
Sexta, das 12h às 16h e das 18h às 23h.
Sábado, das 12h às 23h.
Domingo, das 12h às 22h.
Telefone: (11) 3666-3066
A Baianeira
Em uma casinha simpática na Barra Funda, a chef Manuelle Ferraz mistura as referências das cozinhas baiana e mineira da região onde ela nasceu e viveu boa parte da vida, no Vale do Jequitinhonha. Às sextas, por exemplo, ela serve a galinhada baianeira (R$ 39), suficiente para uma pessoa e feita com rúcula e mamão verde, acompanhada da indispensável farofa. Os pães de queijo (R$ 5,50), feitos com polvilho e queijo do Vale do Jequitinhonha, também são indispensáveis na comilança.
Vai lá:
Rua Dona Elisa, 117, Barra Funda.
Terças a sextas, das 9h às 17h.
Sábados, das 9h às 16h
Telefone: (11) 2538-0844
Posto do Açaí
Aqui vai ter de se abrir uma certa licença poética. Açaí é uma comida tradicional dos estados da região amazônica, mas encontrar açaí no sudeste como eles comem por lá, sem adição de frutas, guaraná e granola, acompanhado de peixe e farinha d’água, não é fácil. Mas como o sabor da fruta é único, vale apresentar essa versão. Um dos melhores lugares de São Paulo é a lanchonete de um posto de gasolina perto do Metrô Paraíso. Lá o açaí pequeno com granola sai R$ 9.
Vai lá:
Rua Vergueiro, 1694, Paraíso.
Todos os dias, 24 horas.
Telefone: (11) 5575-7519
Amazônia
Como o nome já revela, a culinária servida no restaurante da Bela Vista é do Norte do País. Dos pratos mais famosos daquela região estão o tacacá, o caldo que leva tucupi (sumo da mandioca brava), goma de tapioca, camarão seco e jambu (R$ 17 o mini), vegetal de efeito anestésico, e o pato no tucupi (R$ 57).
Vai lá:
Rua Rui Barbosa, 206, Bela Vista.
Terça, das 12h às 15h.
Quarta a sexta, das 12h às 15h e das 19h às 23h.
Sábado, das 12h às 16h e das 19h às 23h.
Domingo, das 12h às 16h.
Telefone: (11) 3142-9264
Pastel da Maria
A piada é clara: "dois pastel e um chops (sic)" fazem a felicidade de um paulistano. A prefeitura já fez até concurso para eleger o melhor da cidade. Por isso ele está na lista de quitutes imprescindíveis da baixa gastronomia nacional que não podem faltar no seu tour gastronômico. E vai junto com um passeio incrível: as feiras livres são um patrimônio da cidade. O Pastel da Maria ganhou mais de uma vez como melhor pastel de São Paulo e hoje tem franquias espalhadas em diversos bairros. Mas vale ir na barraca de uma das feiras da semana. Os sabores comuns custam R$ 6.
Vai lá:
Feira Livre Sumarezinho - Rua Cayowaá, 2008.
Quarta, até as 13h.
Telefone: (11) 3262-3766
Meaípe - Cozinha Capixaba
A moqueca capixaba, prato típico do Espírito Santo tem sabores mais suaves que a sua prima baiana e, para quem não está disposto a comer temperos fortes e quer uma comidinha bem reconfortante, é uma ótima opção. O restaurante é especializado no prato, que custa a partir de R$ 65 durante a semana e R$ 70 aos fins de semana, vem com peixe, camarão, pirão e arroz e serve de uma a duas pessoas.
Vai lá:
Rua Fiação da Saúde, 211, Saúde.
Terça a sextas, das 11h às 15h.
Sábado e domingo, das 11h às 17h.
Telefone: (11) 3796-9034
Consulado da Bahia
Colado na estação Fradique Coutinho da linha amarela do Metrô, o consulado da Bahia tem mais de quinze tipos de moqueca e todos os pratos tradicionais da culinária baiana. O acarajé (R$ 16,90 unidade grande ou porção com quatro unidades pequenas R$ 39,90) e feito na hora com bolinho feijão fradinho batido e frito no dendê, vatapá, vinagrete e camarão. O restaurante tem uma espécie de filial na Praça Benedito Calixto chamado Baiano de Dois, que serve o mesmo cardápio.
Vai lá:
Rua dos Pinheiros, 534, Pinheiros.
Terça a sábado, das 12h a 0h.
Domingo, das 12h às 23h.
Telefone: (11) 3085-3873
Sobaria
Aquele passeio pelo Centro-Oeste começa no bairro da Vila Mariana. O restaurante é especializado em sobá, um dos pratos mais tradicionais de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, que na verdade chegou à região junto com a imigração japonesa. Para essa parte do país foram muitos imigrantes da ilha de Okinawa, que acabaram espalhando -- e abrasileirando um pouco, claro -- o prato, parecido com lámen. Na tigela fumegante (a partir de R$ 32) vem macarrão, um caldo saboroso feito à base de shoyu e complementos que geralmente são algum tipo de carne (a de porco fica ótima), ovos mexido e cebolinha. De sobremesa, os picolés da Frutos do Cerrado saem por R$ 5.
Vai lá:
Rua Áurea, 343, Vila Mariana.
Segunda a quinta, das 10h às 23h.
Sexta e sábado, das 10h à 0h.
Telefone: (11) 5084-8014
Fogo de Chão
Como fazer essa volta ao Brasil sem dar uma paradinha em uma churrascaria? A Fogo de Chão é uma das representantes de peso nesse quesito e tem até unidades fora do país. O rodízio custa R$ 132 por pessoa, sem arrependimentos e com tudo aquilo que se tem direito: de cortes de carne diversos, até um bufê de saladas e pratos frios e quentes de deixar qualquer um perdido na hora de escolher. São cinco unidades em São Paulo.
Vai lá:
Moema
Avenida Moreira Guimarães, 964, Indianópolis.
Segunda a sábado, das 12h às 23h30. Domingo, das 12h às 22h.
Telefone: (11) 5056-1795
Shopping Center Norte
Trav. Casalbuono, 120, Est. A, Vila Guilherme.
Segunda a sábado, das 12h às 23h30. Domingos e feriados até as 22h30.
Telefone: (11) 2089-1736 / (11) 97630-9133
Jardins
Rua Augusta, 2077, Jardins.
Segunda a sábado, das 12h às 23h30. Domingos e feriados até as 22h30.
Telefone: (11) 3062-2223
Vila Olímpia
Avenida dos Bandeirantes, 538, Itaim Bibi.
Segunda a sábado, das 12h às 23h30. Domingos e feriados até 22h30.
Telefone: (11) 5505-0791
Santo Amaro
Avenida Santo Amaro, 6824, Santo Amaro.
Segunda a sexta, das 12h às 16h e das 18h às 23h30.
Sábados sem intervalo. Domingos e feriados até as 22h30.
Telefone: (11) 5687-8786
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