Topo

Cultura e lazer

Viva a cidade. Saboreie experiências.


Cultura e lazer

21 comidas que todo brasileiro que mora na Europa sente falta

Luiza Sahd

Colaboração para o Urban Taste, em Madri

18/09/2018 04h00

Quem passa um tempo na Europa sabe que comer queijo bom e cerveja artesanal a preço de provolone com chope aguado é massa, mas nem só de frescura gourmet vive o homem. Quando menos se espera, você sente falta de iguarias que julgava bagaceiras até que elas não estão ali, na esquina ou na gôndola do supermercado, quando você mais precisa (em dias de ressaca, especialmente).

Já dizia o ditado que a gente só dá valor quando perde. Então, se você mora ou está visitando o Brasil, atenção para apreciar estes quitutes como eles merecem:

Água de coco

Talvez o maior patrimônio nacional, a água de coco verde fresquinha, no coco de verdade, até atravessa o Atlântico, mas chega aqui toda esquisita e com sabor de velha. As de caixinha, em geral, têm gosto de detergente de coco.

Pão francês

Nosso pão francês que, de francês, não tem nada (e em algumas partes do Brasil tem outros nomes ,como pão de sal ou careca), é surpreendentemente gostoso e macio em comparação com boa parte dos pães do velho continente, que costumam ser mais firmes e pesados.

Cheddar McMelt

O sanduíche mais suculento do Mc Donalds é uma exclusividade dos brasileiros. Se for o seu favorito e você sair do país, saiba que vai ficar de coração partido em qualquer lanchonete de qualquer continente.

Açaí

Assim como acontece com a tapioca, o açaí vem sendo profanado ao redor do mundo com receitas que, sinceramente, só matando. Se no Brasil já não é fácil comer um bom, imagine longe.

Carne seca

Experimente passar um ano sem essa delícia e conheça a verdadeira face da dor & do sofrimento.

Goiabada cascão

Ok, pode ser que você ache goiabada em lata em alguns países. Mas a goiabada cascão, daquela boa para comer com queijo Minas (que obviamente também não existe fora), essa aí deixa um buraco no peito.

Chocolate Bis

Uma bobagem, um artigo simples. No entanto: nenhum equivalente na gringa tem aquele sabor de infância.

Caldo de Cana

“Ai, mas dá dor de barriga”, “muito açúcar”... Bom, então é só passar o seu pra cá.

Tapioca

Apesar da modinha internacional, ninguém conta que as tapiocas encontradas na gringa costumam ser uma belíssima porcaria.

Cachaça artesanal

Na Europa, as cachaças (que só bebemos em caso de desespero) custam os olhos da cara, como bons uísques. Se você for ambicioso e quiser beber cachaça artesanal fora do país, esteja preparado para deixar o salário inteiro na adega.

Pamonha

Curau, creme de milho, sorvete de minho, bolo de milho, farinha de milho. Obrigada por existir, milho!

Acarajé

Não adianta tentar explicar. Apenas sinta o vazio no estômago quando você precisar de um ranguinho que alimente mais do que uma pizza inteira.

Pão de queijo

Por muito queijo e polvilho que você encontre na Europa, nunca vai sair aquela receitinha gostosa e molhadinha que sai no Brasil. Outra tristeza é chegar no supermercado e não achar aquele mini pão de queijo congelado que é sucesso quando você chega em casa na madrugada boladona.

Ovomaltine

Em alguns raros países da Europa como Portugal, até tem. Fora disso, o pessoal do Velho Continente ainda não descobriu o milagre do achocolatado de malte.

Paçoca

Se for aquela não-industrializada, com amendoim de verdade então, vish.

Pastel de feira

Aquele bem delícia, que vem chamuscando no óleo que já fritou 700 outros sabores. Nossa, como dói a saudade.

Catupiry

Provavelmente o melhor brasileiro de todos os tempos -- e que infelizmente ainda não se consagrou mundo afora.

Cuscuz

Um prato polêmico e nem sempre apreciado por todos. Muitas vezes injustiçado e desprestigiado na ceia de Natal, o cuscuz com peixe, ovo, com o supremo, com tudo… Ele não existe fora do Brasil e isso é de partir o coração.

Picanha

Você vai achar sim, mas vai deixar os rins por um bife e talvez os rins te façam falta depois, com o Euro no preço que está.

Canjica

Inverno em dezembro já é esquisito, mas inverno sem uma mísera canjiquinha para consolar realmente é pura tristeza.

Esfiha

Pasme: o bom e velho salgado árabe ganhou uma receita muito específica em São Paulo, com o fluxo de imigrantes árabes e os ingredientes locais. Você pode até achar coisas parecidas em restaurantes orientais na Europa, mas aquela esfiha como conhecemos -- do libanês à lanchonete de rodoviária -- nem pensar.

Cultura e lazer