Considerado um dos pontos turísticos mais famosos de Belém, o Mercado Ver-o-Peso é uma imersão na cultura paraense e nas tradições amazônicas, por meio de frutas, especiarias e até um toque de magia.
Carlos Borges Moire
O lugar é tão relevante que, em 2008, ganhou o título de uma das Sete Maravilhas Brasileiras.
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Logo ao entrar, você percebe uma movimentação intensa de visitantes e comerciantes. Eles vendem de tudo, desde animais vivos a poções que prometem trazer a pessoa amada de volta.
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Um ícone nesse segmento é Beth Cheirosinha. Ela comanda uma banca de misturas naturais para tratar desde gastrite e colesterol alto a diabetes. Há até um viagra natural da Amazônia.
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Sua praia é o artesanato? Não tem problema. O Ver-o-Peso tem um setor só para este segmento, com cestas, bancos e itens decorativos de madeira que remetem à cultura local.
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Comer no Mercado é sinônimo de fartura. Há quiosques que vão do tradicional tacacá (foto) até camarão frito. Existem também iguarias como chocolates com frutas da Amazônia e a cachaça de jambú, que deixa a língua dormente.
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O Ver-o-Peso se estende por um complexo arquitetônico de 30 mil metros quadrados, com uma série de construções históricas, como o Mercado de Carne e de Peixe, a Doca de Embarcações, a Feira do Açaí e a Ladeira do Castelo.
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Circulam pelo complexo 20 mil pessoas por dia, mas esse número se multiplica em datas como Semana Santa, Natal, Ano Novo e, principalmente, o Círio de Nazaré, a festa mais importante de Belém, em outubro.
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O mercado conta com 1.178 comerciantes cadastrados. Esse número, porém, chega a dobrar se contarmos os ajudantes desses trabalhadores.
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Cerca de 100 toneladas de pescado desembarcam por dia no setor chamado Pedra do Peixe, oriundas principalmente da região do Baixo Amazonas, da área costeira paraense e do Marajó.
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O nome do mercado tem origem em 1625. No antigo Porto do Pirí, os portugueses instalaram um posto de fiscalização e tributos para a sede das capitanias. Ele era chamado Casa de Haver o Peso, pois havia a pesagem dos produtos.
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No século 18, Belém era o centro do comércio de mercadorias oriundas da extração da Floresta Amazônica e o principal ponto de chegada dos produtos europeus. Foi nesse período que se firmou como Ver-o-Peso.
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O complexo funciona 24 horas por dia, variando a abertura conforme os setores:
O Mercado de Peixe: 6h às 12h.
Pedra do Peixe: 00h às 6h.
Mercado Francisco Bolonha (o mais turístico): 6h às 16h.
Feira do Açaí: 23h às 6h.
Carlos Borges Moire
Publicado em 17 de janeiro de 2020.
Reportagem e edição Pedro Fonseca
O jornalista viajou a convite da Secretaria de Estado de Turismo do Pará