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Belo Horizonte

Marcelo Rosa/divulgação acervo Belotur
Belo Horizonte é a terra dos botequins, do templo modernista e da arte da convivência
Arte UOL
Capital de um Estado que evoca as aulas de história do Brasil, Belo Horizonte tem nas artes da convivência o seu principal apelo turístico. O carro-chefe são os milhares de bares e botequins da cidade, senha para a divertida autodefinição de "capital mundial dos botecos". Mas o contato caloroso entre moradores e viajantes se espraia também nas praças, feiras e espetáculos ao ar livre.

Se os bares são as praias das comunidades sem mar, em "BêAgá" essas áreas de refresco e descontração vêm ganhando importância desde 2000, ano da estréia do festival Comida di Buteco. Não apenas a vida em comum se fortalece nos dias e noites transcorridos em balcões e mesas, também a gastronomia mineira dá saltos de qualidade com as invenções anuais, incorporadas aos cardápios.

Belo Horizonte tem cerca de 2,4 milhões de habitantes, o que a torna uma das maiores metrópoles do país. A circulação de pessoas e automóveis costuma ser frenética nas grandes ruas e avenidas. Em anos recentes, pontos da região central foram revitalizados, como a Praça da Estação, que ganhou iluminação, chafarizes e segurança reforçada.

A praça diante do moderno Museu de Artes e Ofícios é freqüentada inclusive à noite, por moradores tranqüilos que acompanham o movimento dos ônibus ou aguardam um encontro marcado num dos bancos dos jardins. "Nem parece uma praça brasileira", diz um jovem belo-horizontino que conhece o lugar há décadas. Ou parece uma praça de cidade do interior, protegida da violência.

BELO HORIZONTE
Robert Serbinenko/Acervo Belotur
Praça da Liberdade
Glenio Campregher/Divulgação Casa do Baile
Arquitetura de Niemeyer é marcante
Robert Serbinenko/Acervo Belotur
Artesanato no Mercado Central
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FOTOS DA CIDADE
LUGARES HISTÓRICOS

A frase sobre a renovada Praça da Estação ecoa a de um mineiro ilustre sobre outro cartão-postal da cidade, a Praça da Liberdade. No primeiro livro que lançou, "Alguma Poesia", Carlos Drummond de Andrade escreveu sobre os requintes do paisagismo de inspiração francesa, com suas rosas geométricas: "Jardim tão pouco brasileiro... mas tão lindo".

Numa ruazinha ao lado da Praça da Liberdade, sede do poder estadual, até as estátuas exercitam a arte da convivência. Estão lá Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Hélio Pellegrino e Otto Lara Resende, dois deles sentados, dois em pé, com gestos de quem engatou uma conversa em algum momento do século 20 e não parou mais.

Os mineiros, que chamam Drummond de Carlos e Guimarães Rosa de João, parecem ensinar que nem monumento em bronze vive bem sozinho.

Complexo da Pampulha

Brasília, de alguma forma, começou a nascer em idéias no bairro da Pampulha, nos anos 40, quando o então prefeito Juscelino Kubitschek convidou Oscar Niemeyer para projetar uma série de construções em torno da lagoa: a Casa do Baile, a Igreja São Francisco de Assis, o Iate Tênis Clube e o antigo Cassino, depois Museu de Arte da Pampulha.

Não raro escolhida para simbolizar Belo Horizonte quando uma única imagem se faz necessária, a Igreja cheia de curvas da Pampulha é uma visita inescapável, dessas que fazem valer a viagem inteira. Nos fundos, diante da rua, está o grande painel azul e branco pintado por Cândido Portinari. Pouco depois da Segunda Guerra, o artista retrata um São Francisco de olhos arregalados, as mãos crispadas, um santo em apuros explicando para os faisões o que os homens andam fazendo com o mundo.

Ousada em excesso, a Igreja só foi consagrada em 1959, quando Kubitschek já era presidente. Os moradores se referem ao lugar -onde são celebradas missas concorridas aos domingos- como "Igrejinha da Pampulha". Eles devem estar de gozação com tal diminutivo. O templo modernista de Niemeyer e Portinari é arte de gigantes.

A parte complicada de visitar a Pampulha é a circulação: há como percorrer a pé a distância da Igreja até o estádio do Mineirão, por exemplo, mas o Zoológico e o Museu de Arte ficam bem distantes. Táxis podem resolver o problema.

Cidades históricas

A partir da capital mineira, as cidades históricas de Ouro Preto, Tiradentes, Congonhas e Mariana, entre outras, são opções de passeios rumo à memória dos séculos 18 e 19. Antiga Vila Rica, Ouro Preto está a 95 km de Belo Horizonte e concentra um acervo extraordinário de arte e religiosidade, aberto à visitação em dezenas de igrejas e museus.

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Atualizado em Outubro de 2007
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