Viagem de pegação: saiba como se dar bem usando o Tinder no exterior
Você está solteiro ou solteira e acaba de chegar a um destino de férias no exterior. O que deve estar em sua lista de prioridades? Visitar o principal cartão-postal da cidade? Comer um prato típico? Ou conhecer alguém para viver um romance gringo ou, simplesmente, uma noitada de sexo?
O Tinder funciona em cerca de 190 países, reúne gente interessada em paquera e gera dezenas de milhões de “matches” (quando dois usuários gostam um do outro e começam a conversar online) todos os dias. Mas há diferenças entre usá-lo no Brasil e no exterior. Abaixo, saiba como superar choques culturais e se dar bem.
Dicas de um turista brasileiro
O estudante paulista Yuri Vieira*, de 25 anos, já viajou para quase dez países, entre eles Canadá, Estados Unidos, México e Uruguai. Nessas jornadas, conheceu dez garotas via Tinder e notou que, lá fora, a abordagem na hora da paquera deve ser diferente do que é no Brasil.
“Principalmente no Canadá, nos Estados Unidos e na Europa, o brasileiro não pode ser tão atirado como a gente é aqui no Brasil, chamando para sair. Lá, os homens costumam ser mais fechados”.
Yuri, porém, acha o que a gente tem muitas vantagens. “Em quase todo o mundo, as pessoas gostam de brasileiros e se interessam pelo nosso país. Nós somos pessoas atrativas e carismáticas por natureza, e temos que saber usar isso a nosso favor na hora de xavecar alguém lá fora”.
Para isso, é fundamental que o turista saiba pelo menos se comunicar em inglês. E, em lugares como Canadá e Estados Unidos, às vezes é preciso ter muita paciência. “Depois do 'match', pode demorar alguns dias e rolar muita conversa online antes de você conseguir marcar um encontro”, diz Yuri. O estudante paulista tem uma tática: “como turista, você sempre pode falar que irá embora em breve e que, talvez, vocês possam perder a chance de se conhecer. Isso pode fazer o encontro acontecer mais rapidamente”.
Dicas de uma turista brasileira
A publicitária paulistana Flávia Souza*, 41 anos, visitou sete países europeus em 2015, como Espanha, França e Alemanha. Solteira na época, ela não pestanejou: acionou o Tinder para tentar conhecer alguém interessante durante a viagem.
A experiência foi bem-sucedida, mas teve seus choques culturais. Segundo ela, a brasileira que quiser usar Tinder na Europa deve estar preparada para duas situações antagônicas: a de conhecer caras realmente legais, mas que demoram para tomar uma atitude nos primeiros encontros, e a de lidar com homens que acham que brasileiras são fáceis demais e que irão propor sexo já nas primeiras palavras trocadas pelo aplicativo.
“Eu dei 'match' com um sueco que foi muito desrespeitoso só porque eu era brasileira. Cortei o papo ali mesmo. Mas também conheci um alemão que foi extremamente gentil. Depois de conversarmos muito no Tinder, ele me levou para tomar um café. Fiquei interessada nele, mas, no final da noite, ele não tomou nenhuma atitude, de pedir um beijo ou coisa parecida. Fiquei me perguntando: 'será que ele me achou feia?”.
O Tinder, porém, rendeu frutos para Flávia. Na mesma viagem, ela conheceu um francês, se apaixonou por ele e, hoje, os dois moram juntos nos arredores de Paris. E ela tem mais dicas para as turistas brasileiras:
"O segredo é saber que, em um 'match' no exterior, você vai lidar com uma pessoa de uma cultura diferente. Pode ser que o cara esteja muito a fim de você, mas talvez ele demore para expressar isso. E as mulheres devem tomar cuidado na hora de marcar um encontro. Sempre combine de conhecer o cara em algum lugar público. E aí sinta se, pessoalmente, ele é realmente legal”.
Dicas de um turista brasileiro gay
Profissional do ramo da hotelaria, Lucas Silveira*, de 26 anos, usa o Tinder para conhecer outros homens em suas viagens ao exterior. Recentemente, fez uma jornada por três países na Europa e notou uma diferença entre os europeus e os brasileiros: “Após o “match”, os europeus gays são bem mais diretos. Depois de ver que a pessoa é legal, é bem mais fácil marcar um encontro com eles. No Brasil, o papo se estende muito e eu acabo perdendo o interesse”.
Para Lucas, os italianos são os mais interessantes em solo europeu. “Eles são charmosos, bons de papo, educados e bons de cama”, conta ele. “E os brasileiros que viajam para a Europa têm que saber tirar vantagem da sua nacionalidade. O fato de ser brasileiro chama a atenção das pessoas, e nós somos realmente calorosos, o que ajuda na conquista”.
Uma dica de Lucas para os gays se darem bem com os gringos lá fora: “O segredo é navegar muito pelo Tinder, até achar alguém atraente. Eu viajo muito sozinho. O aplicativo facilita que eu conheça gente nova”.
Onde o brasileiro é mais atraente
Quer viajar para um país onde você, por ser do Brasil, tenha grandes chances de despertar desejo nas pessoas? O Tinder divulgou recentemente uma pesquisa que dá bons indícios sobre são quais os estrangeiros que mais se sentem atraídos por brasileiros e brasileiras.
Segundo a empresa que é dona do aplicativo, os estadunidenses são o povo que mais busca conhecer brasileiros através do Passport –ferramenta que permite que você, desde sua terra natal, acesse os usuários do Tinder em qualquer país do mundo.
A segunda nacionalidade que mais se geolocaliza no Tinder do Brasil, com o intuito de conhecer os nativos do território verde e amarelo, são os britânicos, seguidos pelos argentinos, canadenses, turcos, australianos, alemães, chilenos, franceses e indianos. Ou seja: faça uma viagem para algum destes países e é provável que você tenha boas chances de conquistar um habitante local.
O Tinder também informa que as cinco cidades onde a ferramenta é mais acessada no mundo são: Los Angeles (EUA), São Paulo (Brasil), Londres (Inglaterra), Paris (França) e Toronto (Canadá). Todos os dias, ocorrem uma média de 26 milhões de “matches” dentro do aplicativo.
*Os nomes foram alterados a pedido dos entrevistados
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