Táxis aéreos, aviões supersônicos e robôs no comando: a aviação do futuro
Prever o futuro tem sido tarefa fácil quando o assunto é aviação. Formado por gigantes com alto poder de investimento, o setor é protagonista em projetos que vão impactar diretamente na forma de viajar em um futuro muito próximo.
Passada a época dos aviões ultra confortáveis, com direito a mesas entre poltronas e serviço de bordo impecável, a indústria tem agora como foco a eficiência e performance no ar.
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Em resumo, saiba desde já que essa “época de ouro” não deve voltar tão cedo e, caso você queira conforto e mordomias ao viajar, terá de se acostumar em adquirir não apenas a passagem, como também uma série de serviços extras que até pouco tempo atrás estavam incluídos no valor do bilhete. Por outro lado, a tecnologia dá sinais de que a experiência a bordo alcançará um novo patamar. Confira.
Táxis aéreos estão chegando
Na aviação, a energia limpa que deve substituir o petróleo é a propulsão elétrica. Os motores do futuro já estão sendo testados em aeronaves de pequeno porte e se mostram promissores, como é o caso do protótipo da X-57, da Nasa.
Com baixo custo e menos ruído, a tecnologia, na prática, abre espaço para os táxis aéreos finalmente virarem realidade, já que podem sobrevoar pessoas a poucos metros de distância.
Na mesma esteira caminha automatizações importantes para os viajantes, como a chegada da biometria para contratação de serviços. Já imaginou pagar um táxi aéreo no débito apenas com o polegar? Acredite, isso será rotina no futuro, não só na área de transportes, como também em hotéis, passeios e compras diversas.
Aviões muito mais rápidos
Na década de 1970, ultrapassar a velocidade do som parecia ser uma boa ideia. Começou então a era Concorde, aeronave capaz de voar a uma velocidade de aproximadamente 2.200 km/h.
Com apenas 20 unidades fabricadas, o Concorde foi aposentado em 2003, três anos após o acidente envolvendo o voo Air France 4590, que fazia o trajeto entre Paris e Nova York.
Após um vazamento de combustível, a asa esquerda da aeronave pegou fogo que resultou em uma sequência de falhas no avião, que caiu instantes depois da decolagem. Ao todo foram 113 pessoas.
Depois desse episódio, a velocidade supersônica continua sendo um tabu, mas startups trabalham para colocá-la de novo em prática. A Boom Supersonic é uma delas e desenvolve um equipamento que voa na mesma velocidade do Concorde, mas com custos menores e a promessa de mais segurança.
A Spaceliner, iniciativa liderada pelo Instituto de Pesquisas Aeroespaciais da Alemanha, quer ir além e proporcionar uma viagem pela borda do espaço para alcançar uma velocidade 25 vezes mais rápida que a do som. Desta forma, você seria capaz de viajar de Londres para a Austrália em cerca de 90 minutos. Que tal?
Pilotos X máquinas
Uma aviação que faça viagens em menos tempo e que seja acessível a um público muito maior vai exigir também um grande número de pilotos. A estimativa é de que nos próximos 20 anos sejam necessários 600 mil profissionais – contra os 200 mil atualmente em ação.
Recrutar mais pessoas para a indústria, no entanto, é um desafio. É aí que a tecnologia pode ajudar com aeronaves que operem sem a presença humana em uma cabine.
Se você é piloto e está lendo esta matéria, ainda não se desespere. A perspectiva mais aceita até então pelos especialistas é de que as aeronaves do futuro precisarão de um, digamos, “piloto de segurança”, para o caso de falhas no sistema ou situações inesperadas.
Aviões sem janela
Reprojetar a experiência do passageiro também está em pauta no universo da aviação. A proposta mais impactante é a criação de uma aeronave em que as asas acompanhem as medidas da fuselagem central, permitindo a utilização do espaço extra pelos passageiros. Nesta hipótese, as poltronas seriam posicionadas no estilo anfiteatro, sem janelas.
A grande questão até então é que as pessoas nas bordas poderiam se sentir tontas toda vez que a aeronave fizesse uma manobra. Como a tontura depende de referências visuais, os especialistas acreditam que poderiam resolver o problema projetando imagens na cabine e alterando os pontos de referência. O último argumento que ainda resta ser superado é sobre a importância de ter um ponto de visualização com o exterior. Claustrofóbicos, se manifestem!
Para evitar polêmicas e críticas, a Boeing preferiu não arriscar até o momento e apostou em janelas grandes para a última versão do modelo 787-9 Dreamliner, em operação em várias rotas internacionais.
Já a Airbus está apostando ainda mais alto e criou uma cabine com paredes transparentes no Paris Air Show 2011, mas ainda não há notícias se o projeto vai entrar em linha de produção. Veja a construção do 787-9 em timelapse.
A brasileira Embraer também resolveu seguir a mesma linha de raciocínio em seus projetos de jatos executivos. A cabine de Kyoto, projetada para a aeronave Lineage 1000E, possui grandes janelas panorâmicas que percorrem a maior parte das paredes laterais da cabine.
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