Conheça a igreja da Europa que é decorada com milhares de ossos humanos
Imagens de anjos, vitrais coloridos, objetos de ouro e estátuas de santos: é isso o que muitos turistas esperam encontrar ao visitar igrejas ao redor mundo.
Na República Tcheca, porém, existe um templo cristão que oferece um cenário um pouco diferente para seus visitantes.
O local é chamado de Ossuário de Sedlec, fica na cidade de Kutna Hora e parte de seu interior é decorado com os ossos de milhares de pessoas (alguns dizem que são mais de 40 mil indivíduos) que faleceram há centenas de anos (muitas delas vítimas da peste negra, durante a Idade Média).
São crânios, tíbias, fíbulas e afins que aparecem sobre as superfícies do lugar, muitos deles sobrepostos de maneira ornamental.
Reza a história que, no século 13, ao retornar de uma peregrinação a Jerusalém, um monge jogou terra da cidade sagrada (mais precisamente da área onde Jesus teria sido crucificado) sobre o cemitério que fica ao lado do que hoje é o Ossuário de Sedlec. Isso teria feito com que o número de enterros crescesse exponencialmente por lá, até ocorrer uma superlotação nos jazigos.
Ossos, então, começaram a ser transferidos do cemitério para um depósito dentro da igreja. E, no século 19, um artista chamado Frantisek Rint foi contratado para realizar obras de arte com estes restos mortais.
O resultado foi algo extremamente chamativo, razão pela qual o Ossuário de Sedlec é uma verdadeira atração turística nos dias de hoje.
Lá, viajantes do mundo inteiro se deparam com cruzes montadas com partes da perna, crânios encadeados pendendo do teto, ossos empilhados artisticamente dentro de nichos nas paredes e até um brasão composto por partes humanas (e tudo cercado por uma igreja de estilo arquitetônico gótico).
E uma das mais famosas peças do lugar é um lustre que, segundo a história, é feito com todos os ossos existentes no corpo humano.
Trata-se de um ambiente não muito iluminado e que muita gente vai considerar macabro, mas que não deixa de ser um tanto fascinante.
Kutna Hora fica a aproximadamente 80 quilômetros da cidade de Praga, a capital da República Tcheca.
Mais informações: sedlecossuary.com
Mais ossos e esqueletos
Kutna Hora, entretanto, não é o único atrativo turístico da Europa que exibe enormes conjuntos de ossos humanos.
Na cidade italiana de Palermo, na Sicília, ficam as Catacumbas dos Capuchinhos, local que expõe para o público os restos mortais de aproximadamente oito mil homens, mulheres e crianças.
Os esqueletos de diversos destes mortos foram colocados em posição ereta ao longo das galerias das catacumbas, parecendo observar, do alto, os visitantes. Eles eram clérigos, nobres e membros da classe média da Sicília que faleceram a partir do século 16.
E muitos deles ainda envergam roupas que usavam em vida: os esqueletos dos frades capuchinhos, por exemplo, se encontram com suas tradicionais vestes litúrgicas. Além disso, acredite se quiser, o local tem um espaço reservado apenas para esqueletos de mulheres que morreram virgens.
Nas Catacumbas dos Capuchinhos também está o corpo da menina Rosalia Lombardo, que morreu em 1920, aos dois anos de idade, e cujo estado de preservação surpreende todos que passam pelo local: ela foi embalsamada logo depois de falecer por causa de uma pneumonia e parece imersa em um sono profundo.
As Catacumbas de Paris, por sua vez, são outra atração turística deste tipo no Velho Continente, exibindo ossos de milhões de pessoas no subterrâneo da capital francesa.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.