Em Madagascar, você pode visitar um cemitério de piratas de verdade
Nos dias de hoje, as pessoas entram em contato com histórias de piratas principalmente através de filmes de Hollywood.
Mas, além das aventuras fantásticas de Jack Sparrow e similares, você sabia que, na África, é possível conhecer um lugar que realmente pertence ao mundo dos corsários?
Na ilha de Nosy Boraha, em Madagascar, existe um antigo cemitério de piratas que é aberto a visitas turísticas.
É um local pequeno, forrado por muita vegetação, pontuado por sepulturas desgastadas pelo tempo e situado sobre uma colina verdejante, com vista para o mar lá embaixo.
Nos séculos 17 e 18, Nosy Boraha (que à epoca era chamada de Île Sainte-Marie) foi reduto de centenas de corsários (alguns deles famosos até hoje, como Thomas Tew, Olivier Levasseur, John Taylor e John Pro).
Eles usavam este pedaço de terra como base para seus ataques contra embarcações que navegavam pelo oceano Índico e como local para comercializar as mercadorias que conseguiam roubar durante os assaltos.
A ilha oferecia áreas propícias para a atracação de navios e estava bem na rota marítima entre o oceano Atlântico e a Ásia, por onde, naquele tempo, eram transportadas enormes riquezas.
Como testemunho desta época, sobrou o cemitério em questão, com dezenas de túmulos à mostra para os visitantes.
Uma das lápides exibe o símbolo mais famoso da pirataria: a caveira sobre dois ossos cruzados. Mas, em muitas delas, as inscrições estão ilegíveis.
Histórias e lendas
Durante passeios guiados pelo cemitério, os turistas aprendem sobre as lendas envolvendo a Île Sainte-Marie.
Um dos relatos afirma que a ilha foi o local onde existiu a mítica Libertalia, uma espécie de nação de piratas com um conjunto de lei próprias e que dispensava um tratamento igualitário a seus cidadãos.
Não há comprovações de que uma sociedade composta desta maneira existiu na Île Sainte-Marie ou em qualquer outro lugar do mundo, mas se trata de uma história muito famosa no universo da pirataria.
Há também as pessoas que acreditam que, na ilha e em seus arredores, ainda estão escondidos ou afundados no mar grandes tesouros roubados pelos corsários.
A ilha deixou de ser um lar da pirataria ainda no século 18, época em que a França tomou controle do local.
Para explorar este pedaço de terra (e, principalmente, o cemitério), é possível contratar os serviços de guias na cidade de Ambodifotatra, o principal centro urbano de Île Sainte-Marie.
E, lá, aproveite para curtir outros pedaços da ilha, que exibem praias lindíssimas.
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