Sexo e religião: estes templos da Ásia exibem arte e símbolos eróticos
Você acha que religião e sexo combinam? A resposta, provavelmente, será não. Mas, na Ásia, há lugares onde estes dois fatores importantíssimos para a humanidade dão "match".
São templos que exibem obras de arte de alta expressão erótica, com direito a imagens de figuras humanas em situações de orgia e esculturas fálicas em profusão.
As razões para este tipo de imagem aparecer dentro de lugares de profissão de fé são muitas.
A seguir, conheça locais sagrados que se encontram carregados de simbologia erótica.
Phra Nang (Tailândia)
A costa tailandesa banhada pelo mar de Andaman é um dos lugares mais lindos do mundo, com paisagens marcadas por um mar azul-esverdeado e enormes formações rochosas.
Lá, mais precisamente na península de Railay, existe uma praia chamada Phra Nang.
Em um dos cantos desta faixa de areia, há uma gruta que abriga um templo dedicado a uma deidade conhecida como Sri Kunlathewi (que teria sido uma princesa que, no século 3 a.C., naufragou nesta região).
Para pedir proteção e sorte para suas jornadas no mar, pescadores colocam neste local pinturas e esculturas de figuras fálicas como oferenda à entidade (em alguns casos, são pênis eretos feitos de madeira).
Konark (Índia)
A Índia tem diversos complexos religiosos que abrigam o que, para muitas pessoas, é uma picante arte erótica.
Um deles é o Templo do Sol da cidade de Konark, a cerca de 500 km de Calcutá.
Erguida no século 13 d.C., esta edificação é dedicada à deidade hinduísta Surya (associada ao sol) e exibe, em parte de sua fachada, esculturas de figuras masculinas e femininas em pleno coito.
Estes casais são conhecidos como "maithunas": sua imagem pode representar a união das energias do homem e da mulher.
Java (Indonésia)
Na ilha de Java está a capital da Indonésia, Jacarta, principal porta de entrada do país asiático.
Nem todos sabem, entretanto, que, neste pedaço de terra, existe o complexo do templo de Candi Sukuh, de influência hinduísta, erguido no século 15 d.C. e que exibe intrigantes imagens que remetem a erotismo.
No local, há esculturas mostrando figuras com o pênis ereto e em outras posições sensuais. Imagens fálicas aparecem em diversos cantos do lugar.
São referências à fertilidade, que era cultuada em Candi Sukuh.
E o complexo é ainda coroado por uma construção de forma piramidal que rende lindas fotos.
Khajuraho (Índia)
E na Índia também fica o mais famoso complexo que mistura religião com arte erótica no mundo.
São os templos de Khajuraho, situados a aproximadamente 410 km da cidade de Agra (onde está o Taj Mahal), conectados à crença hinduísta e que são conhecidos como os "templos do Kama Sutra".
Nas fachadas de algumas edificações, surge uma infinidade de esculturas que mostram imagens humanas nas mais ousadas posições sexuais: é uma sequência de figuras masculinas e femininas em transas grupais.
Os corpos se enroscam e, para muitos turistas que os observam, parecem se movimentar.
Os templos de Khajuraho foram erguidos principalmente entre os séculos 10 e 11 d.C. e sua arte erótica seria inspirada no conceito hinduísta de "kama", que se refere aos desejos humanos e à necessidade de sua satisfação.
Kawasaki (Japão)
Agora, vamos falar de um festival que mistura religião e símbolos que remetem a erotismo.
Trata-se do Kanamara Matsuri, evento que é realizado anualmente na cidade japonesa de Kawasaki (região metropolitana de Tóquio), no primeiro domingo do mês de abril.
Na ocasião, milhares de pessoas seguem nas ruas espécies de altares que exibem enormes esculturas fálicas.
O evento está relacionado ao xintoísmo (a religião animista do Japão) e muitos de seus participantes o associam à perspectiva de fertilidade.
Mas há um ambiente festivo também, com gente cantando, dançando e chupando pirulitos em formato peniano, em clima de Carnaval.
Hampi (Índia)
Localizado na cidade indiana de Hampi, a cerca de 350 km da metrópole de Bangalore, o templo hinduísta de Virupaksha chama a atenção por exibir, em uma pequena parte de sua fachada, figuras femininas em posições, digamos, desinibidas.
Um delas aparece nua e com as pernas abertas. Outras surgem em poses sensuais. E, entre elas, há figuras masculinas nuas, com os órgãos sexuais à mostra.
As esculturas ficam no meio de outras obras que não exibem nudez ou erotismo: não há uma explicação definitiva para sua existência dentro de Virupaksha, um complexo cuja história remonta ao século 7 d.C.
O local fica ao lado do rio Tungabhadra, em um cenário extremamente fotogênico.
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