Johanesburgo perde o clima de Copa do Mundo
Johanesburgo, 5 jul (EFE).- À espera da final da Copa do Mundo, a cidade de Johanesburgo perdeu o brio e o clima de Mundial que a transformou no centro eufórico da África do Sul às vésperas do torneio.
Resta apenas uma semana para o fim da Copa. Como ocorre todo ano no início de janeiro, quando termina o clima de Natal, muitos são os detalhes que evidenciam os últimos suspiros na África do Sul do maior evento do futebol.
É o paradoxo da Copa: à medida que os jogos ganham em intensidade, emoção e, sobretudo, prestígio, diminui a euforia nas ruas, de onde foram desaparecendo milhares de torcedores que retornaram a seus países para chorar a eliminação de suas seleções.
Isso é notório. Os vendedores de bandeiras esvaziaram seus mostruários e o som das vuvuzelas já não tira mais o sono dos sul-africanos. A essas alturas, só se veem as cores de Holanda, Uruguai, Espanha e Alemanha, os quatro semifinalistas da Copa.
"Durante as primeiras duas semanas, (o negócio) foi muito rápido. Mas agora está diminuindo, talvez volte a aumentar com a final", assegurou Billy, um vendedor ambulante de vuvuzelas.
Entre as classes sociais menos favorecidas da África do Sul, os tão anunciados benefícios econômicos da Copa são ainda ilusão, e só alguns poucos como Billy aproveitou a competição para tirar lucros.
"Nosso negócio agora está melhor graças ao Mundial, porque as pessoas estão comprando, mas não tanto como tínhamos esperado", explica.
Os cartazes de "To Let" (Aluga-se) estão começando a aparecer novamente nas fachadas dos edifícios e os motoristas tiram as bandeiras de seus espelhos retrovisores. Os estabelecimentos mais movimentados estão vazios de torcedores estrangeiros e os cartazes que cobrem os painéis publicitários da Copa estão sujos e descuidados.
Sabia-se disso quando começou a Copa, mas assim como no início de janeiro surge a nostalgia do Natal, o mesmo ocorre com os principais pontos de encontro de torcedores em Johanesburgo.
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