Templo de Shaolin é reconhecido pela Unesco como Patrimônio de Humanidade
Pequim, 2 ago (EFE).- O Templo de Shaolin na China, berço do Kung Fu e do budismo zen, foi incluído na lista do Patrimônio da Humanidade pela Unesco, informou hoje o jornal "China Daily".
O Comitê do Patrimônio Mundial anunciou sua decisão durante uma reunião realizada em Brasília, acrescentou a imprensa local.
A lenda atribui a invenção do Kung Fu a Bodhidharma, um monge indiano que fundou no ano de 527 o Templo Shaolin, onde recomendava o cultivo da mente através de longas sessões de meditação zen, para as quais projetou exercícios ginásticos similares aos do tai-ch com os quais se evitava o anquilosamento corporal.
Este complexo arquitetônico situado na montanha sagrada de Songshan, na província central de Henan, é composto por 11 construções diferentes, como por exemplo, o mosteiro, o observatório de Dengfeng, a academia Songyang, as torres Taishi e o templo Zhongyue.
"O mosteiro se destaca por sua beleza e por suas profundas conotações culturais", assinalou a Unesco.
Por sua parte, Yang Huancheng, especialista em arquitetura clássica, assegurou que o complexo oferece a oportunidade de conhecer a religião, a filosofia, os costumes e o desenvolvimento científico da antiga China.
O abade do mosteiro, Shi Yongxin, disse que a decisão da Unesco é um privilégio e "para os monges viver em um lugar patrimonial mundialmente reconhecido é uma experiência maravilhosa, mas ao mesmo tempo nossa responsabilidade de proteger o templo é ainda maior".
A celebridade dos monges de Shaolin, que segundo a literatura podiam até voar, chegou a seu apogeu durante a Dinastia Tang (618-907), quando segundo relata uma crônica histórica, 13 mestres salvaram a vida do segundo imperador desta dinastia, Li Shimin.
O gigante asiático conta atualmente com 39 lugares na lista do Patrimônio Mundial da Unesco, entre eles alguns bastante conhecidos como a Grande Muralha, a Cidade Proibida, o Exército de Terracota de Xian e o Palácio Potala de Lhasa.
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