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Museu do Louvre aborda de Leonardo da Vinci ao islã em programação de 2012

Pirâmide de vidro na entrada do Louvre em Paris, na França - EFE
Pirâmide de vidro na entrada do Louvre em Paris, na França Imagem: EFE

21/01/2012 11h40

Paris - De Leonardo da Vinci a Rafael Sanzio, das Horas do Duque de Berry à arte do islã, as exposições temporárias e os grandes eventos, que o Museu do Louvre vai oferecer neste ano, fazem parte de uma viagem pelo tempo e espaço, que além disso irá passar pelo mundo romano da cidade de Arles.

A mostra "L'ultime chef-d'oeuvre de Léonard de Vinci, La Sainte Anne", dedicada à última obra prima do mestre italiano, será uma das principais exposições de 2012. Poderão ser vistos pela primeira vez em Paris, junto com diversos documentos relacionados à tela, rascunhos, desenhos preparatórios e estudos de paisagem.

Algumas versões do quadro feitas em sua oficina mostrarão estados intermediários desse ambicioso projeto que o artista criou em seus anos de maturidade, de 1501 até sua morte, em 1519. Este trabalho, fruto de uma meditação que levou Da Vinci à obsessão, estará aberto ao público do dia 29 de março a 25 de junho, no Hall Napoleão.

O espaço, que irá abrigar a obra do italiano, vai se encher de Renascimento com a mostra, "Raphael: les dernières années", organizada em colaboração com o Museu do Prado.

A partir de 11 de outubro até 14 de janeiro de 2013, Paris também poderá contemplar pela primeira vez as obras que o pintor e arquiteto renascentista Rafael Sanzio criou em Roma durante os últimos anos de sua vida.

Esta exibição, inaugurada previamente em Madri, segundo disseram à Agência Efe no Museu, irá reunir retábulos, quadros de devoção particular, retratos oficiais e retratos íntimos, junto com uma seleção de desenhos, para revelar "o extraordinário espírito" criativo do artista e a perfeição de sua arte.

O circuito de 2012 será fechado com exposições inauguradas também em 11 de outubro sobre "Luca Penni, un disciple de Raphaël en France", no Asa Sully; e sobre "La restauration du carton: Giullio Romano", no Asa Mollien.

Apesar da magnitude das exposições, o grande evento do ano será a abertura oficial do departamento das Artes do Islã, dentro de seis meses.

A data exata ainda não foi marcada, enquanto isso, milhares de obras esperam para se reunir pela primeira vez depois de décadas dormindo nos armazéns do museu.

Em breve estas peças serão descobertas graças aos novos espaços museográficos escavados no subsolo e ao ar livre, protegidos pela nova cobertura de seus pátios, com tetos de vidro e metal dourado semitransparente.

O toque ultracontemporâneo da temporada será do escritor, diretor e artista plástico belga Jean-Philippe Toussaint, que vai utilizar diferentes suportes e espaços para homenagear seu próprio livro, entre 8 e março e 11 de junho, com o título de "LIVRE/LOUVRE, Jean-Philippe Toussaint".

A partir de sete de junho até 17 de setembro, os desenhos do pintor alemão Gerhard Richter estarão expostos no Louvre, enquanto isso, o Centro Pompidou vai oferecer uma retrospectiva de sua obra.

Em mais uma volta ao passado, no dia 5 de abril será aberta a mostra "Le Belles Heures Du duc de Berry", dedicada ao célebre manuscrito criado no início do século 15 pelos irmãos Limburgo para Jean de France, duque de Berry.

Serão exibidas 47 páginas duplas que poderão ser apreciadas pela última vez antes que sejam reencadernadas e voltem para o Metropolitan Museum de Nova York.

Outra mostra de grande importância para o museu, explicou um de seus porta-vozes, será a "Arles, les fouilles du Rhône. Un fleuve pour mémoire", com inauguração prevista para nove de março.

Esta exibição irá reunir "as peças mais espetaculares" do passado romano na cidade do sudeste francês de Arles, encontradas nas jazidas do rio Ródano, cujo fundo foi explorado por arqueólogos durante os últimos 25 anos.

O Louvre também vai inaugurar uma nova versão física, o Louvre-Lens, construído nessa cidade do nordeste francês pelos famosos arquitetos Ryue Nishizawa e Kazuyo Sejima.

Fora da França, o museu irá levar a mostra itinerante "Rencontres" até três cidades japonesas, em solidariedade às vítimas do acidente nuclear de Fukushima.