Site de compra coletiva não afeta negócios de agência de viagens, afirmam executivos
30/03/2011 11h51
SÃO PAULO - Reunidos para discutirem avanços e gargalos no setor de turismo e internet no Brasil, executivos de sites de e-commerce afastaram qualquer hipótese de que os endereços virtuais de compras coletivas, que vendem produtos turísticos, concorram com as agências de viagens.
Durante o Fórum Panrotas, evento que acontece em aliança institucional com a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), houve questionamentos sobre a real existência de controle de qualidade em sites que ofertam viagens, e para quem o consumidor deve reclamar no caso de alguma irregularidade com a compra.
Em resposta, o presidente do GroupOn no Brasil, Florian Otto, afirmou que o portal do qual é representante faz uma inspeção prévia dos hotéis cujas diárias são comercializadas aos consumidores.
Quanto a possíveis reclamações de quem comprou produtos turísticos nos sites de compras coletivas, o presidente do portal de compras Viajar Barato, Luiz Vieira, disse que “as pessoas ligam para o site e o fornecedor, até para saber se é verdade mesmo aquela oferta”.
Ele prosseguiu: “também coloco o link, o telefone e o e-mail da agência ou operadora parceira para o consumidor ver de onde vem a oferta. Somos solidários, sim”.
Mercado
“O modelo de negócio dos sites de compra coletivas não é uma bolha, já temos no Brasil mais de 1,2 mil sites desse tipo, e a expectativa é que o setor deva faturar R$ 1 bilhão este ano por aqui”, disse o presidente do Viajar Barato.
“Esse mercado é muito novo e muito grande e gostaria que o trade turístico compreenda, entenda o que é a compra coletiva e participe desse segmento”, disse Vieira. “É uma compra passiva”, explicou ele. “Quero vender o que vocês, agentes de viagens, não vendem", completa.
Segundo o diretor de Vendas do Google no Brasil, Andréas Huettner, o mercado de viagens e turismo na internet tende a se expandir cada vez mais.
“No próximo ano, 60% das reservas de viagens serão feitas on-line”, alertou, ressaltando ainda que as viagens reservadas por celulares encontram taxas de crescimento de três dígitos, tendo crescido 276% no Brasil de 2009 para 2010.