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Turismo deve crescer mais de 16% neste ano, com classe C como principal mercado

30/03/2011 15h40

SÃO PAULO – O turismo nacional crescerá neste ano, influenciado principalmente pela classe C. Durante o Fórum Panrotas, que aconteceu entre os dias 28 e 29 deste mês, em São Paulo, o diretor do instituto especializado em classes emergentes Data Popular, Renato Meirelles, afirmou que a renda dos consumidores da classe C para viagens e lazer cresceu em cerca de R$ 13 bilhões.

Não é à toa que o ministro do Turismo, Pedro Novais, espera um crescimento do setor em torno de 16,5% para este ano. Para traçar a expectativa, o ministério considerou o crescimento das 80 maiores empresas de turismo em 2010. Juntas, elas faturaram R$ 42,8 bilhões somente no ano passado.

"O setor turístico está robusto, encontra-se fortalecido e cheio de otimismo em relação ao futuro. O melhor indicativo do desenvolvimento do setor é que, em 2010, o faturamento de 97% desse grupo de empresas cresceu, em relação a 2009", afirmou o ministro em nota.

E aos consumidores da classe C deve caber boa parte do crescimento esperado para este ano. “A classe C não deve ser olhada como segmento, mas como verdadeiro mercado de turismo no Brasil”, disse Meirelles.

Onde está a classe C
O diretor do Data Popular enfatizou no evento que, ao contrário do que muitos pensam, a classe emergente não está apenas no Nordeste do País. “Dos 80 milhões de habitantes do Sudeste, 55% pertencem à classe C”, reforçou Meirelles.

Ele também afirmou que cerca de 30 milhões de brasileiros vivem fora dos seus estados de origem, o que beneficia ainda mais o turismo doméstico. “Isso representa um mercado de gente que viaja para a sua cidade com alguma frequência, um filão para o turismo”, enfatizou.

Crescimento
Durante o evento, o ministro do Turismo adiantou dados da 7ª Pacet (Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo). Os dados mostram que os setores que mais faturaram no ano passado foram os meios de hospedagem, as empresas de transporte aéreo e rodoviário, agências de viagem e promotores de feiras.

De acordo com o ministério, seis segmentos entre nove pesquisados registraram saldos de respostas superiores a 90%, sendo que agências de viagens, locadoras de automóveis e operadoras de turismo apontaram as maiores médias de faturamento, de 22,2%.

Para este ano, o setor, de acordo com o ministério, tem motivos para ser otimista. A economia nacional ainda está em trajetória de crescimento, a internacional está em recuperação, os investimentos estrangeiros também devem aumentar e a exposição favorável do país no exterior também favorecem a perspectiva de crescimento.

Além disso, os eventos esportivos que acontecerão no País – Copa do Mundo e Olimpíada – influenciarão o crescimento do setor, a quantidade e qualidade dos meios de hospedagem e a ampliação da capacidade de atendimento das empresas.

Empregabilidade
Com a perspectiva de crescimento, as 80 maiores empresas do setor que participaram da pesquisa devem gerar 8,6% mais postos de trabalho em 2011, com destaque para operadoras de turismo e agências de viagens. Ao todo, elas já empregam 96 mil pessoas.