No fim do ano, o arquipélago de Fernando de Noronha entra no topo da lista do destino dos sonhos dos brasileiros. Esse desejo é alavancado pelas celebridades, que vira e mexe postam fotos azuis do mar do lugar - um dos territórios mais "instagramáveis" do planeta. Tanto post eleva a procura -- e os preços -- no Réveillon. A badalação, entretanto, não acaba com o verão. Noronha tem acomodações disputadas o ano inteiro.
Mas o lugar é muito mais do que as praias mais fotogênicas das redes sociais. Em seus pouco mais de 7 km de extensão, cerca de 3 mil habitantes fazem da ilha um dos 10 destinos mais acolhedores do mundo, segundo levantamento feito pela Booking.com com clientes de todos os países. Na lista, figuram locais que não são pontos turísticos tradicionais. Nada de Nova York, Paris ou Berlim e, sim, Goreme, na Turquia, Slunj, na Croácia, Niagara on The Lake, no Canadá, e outros.
Além do hype de emoldurar as fotos mais curtidas do Instagram, há a mística de estar no meio do oceano (de barco, uma viagem até a costa do Recife ou Rio Grande do Norte pode levar dias; de avião, vindo de Recife, passa pouco de uma hora). Lá, estamos mais perto da África do que de São Paulo. A distância e dificuldade de acesso podem explicar os preços exorbitantes -- uma long neck de cerveja chega a sair por R$ 22 - mas não afasta o turista. Pelo contrário: torna o lugar mais atraente ainda.
Se não é só a paisagem, o que leva tanta gente diariamente a Fernando de Noronha? "Nossa gente", os habitantes da ilha respondem, sorrindo sempre. E o turista acredita, na euforia por ver tantas belezas naturais e gente simples e feliz por todo lado. "Você está com 'euforonha'", diria um local.