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"Me sinto muito mais livre hoje do que aos 30", diz Ana Paula Padrão aos 55
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Há algumas semanas postei um vídeo de biquíni na praia no meu Instagram (me siga lá também @silviaruizmanga). Pouco depois recebi esta mensagem: "Não me leve a mal, mas você não precisa disso. É uma jornalista, tem conteúdo. É uma mulher de 50 anos e não uma garotinha que precisa dessa exibição."
Minha resposta foi: "Querida, se Ana Paula Padrão, que é a jornalista mais séria e competente que eu conheço, posta fotos de biquíni aos 55, quem sou eu para não postar?"
"Podem patrulhar à vontade. Eu vivo de shortinho e não vou deixar de usar porque as pessoas não gostam. Levei anos para postar uma foto de biquíni. Agora posto e não estou nem aí para a opinião dos outros", me disse a atual apresentadora do programa MasterChef durante um bate papo há alguns dias por telefone de sua casa, onde vive com o marido, o executivo Gustavo Diament.
Se durante 30 anos a gente se acostumou com a imagem recatada e austera de Ana Paula nas bancadas de telejornal e reportagens pelo mundo, agora vemos uma outra faceta que ela não tem mais receio de expor. De mulher vaidosa, bonita, bem-humorada e que não precisa de uma persona sisuda para ser respeitada. Empresária, apresentadora de um programa de sucesso e uma importante voz que discute temas femininos, Ana Paula não parou de se reinventar após os 45 anos.
Envelhecer liberta?
Não é a coisa mais fácil do mundo. Sinto que tenho muito tempo pela frente, mas ao mesmo tempo penso duas vezes antes de fazer uma trilha de 40 quilômetros, por exemplo. Não é bonito ver que a pele perde o tônus, a gente pensa: 'Cadê meu colágeno?'. Mas quando olho para os lados, vejo uma série de mulheres incríveis da minha idade diante de uma sociedade que nos cobra muito. Já fui muito escrava da patrulha. Me sinto muito mais livre hoje do que aos 30.
Você abandonou as bancadas de telejornal com quase 50 anos. Não deu medo de deixar para trás uma carreira de sucesso nessa idade?
Tudo dá medo. Mudar, se apaixonar. Mas isso não me paralisa. Eu já estava achando que o jornalismo com hora marcada estava ficando sem sentido. E pensei que não queria envelhecer e deixar de me dar a oportunidade de acompanhar o meu tempo, ser desafiada, porque o que eu fazia já não trazia desafios. Não sou saudosista, queria fazer outras coisas. Além disso foram anos vivendo um pico diário de estresse, porque querendo ou não entrar ao vivo todos os dias causa essa tensão. Eu não queria mais aquilo.
Depois de anos mostrando um lado mais sóbrio como jornalista, como foi surgir na TV mais solta no MasterChef? As críticas no começo incomodaram?
Quando me convidaram para fazer o programa, achei que não tinha nada a ver comigo. Estava trabalhando com minhas empresas há mais de um ano. Mas sabia que era um formato totalmente novo, que faria sucesso, achei um desafio que valia muito a pena. As pessoas não estavam acostumadas e me ver naquele papel e houve muita crítica, querem te manter numa caixinha. Faz parte, fui ficando cada vez mais confortável ali.
Como você se cuida da saúde e do corpo? Essa é uma preocupação sua?
Eu sempre fui magra, é minha genética mesmo. Mas faço atividade física todos os dias, pilates, só não faço nada de impacto por conta de uma cirurgia que fiz na coluna. Na pandemia tenho mantido a saúde mental muito em função disso, acordo e vou fazer exercício. Me alimento de maneira saudável, mas não sou neurótica. Esses dias mesmo fiz uma viagem para o interior e mergulhei na carne e no doce de leite.
Você é vaidosa? Disse que sente falta do colágeno. Tem cuidados especiais com a beleza?
Sou vaidosa, mas sem neuras. Vou ao dermatologista a cada seis meses. Uso cremes, gosto dessa rotina. Mas, também, se chego em casa exausta, sou capaz de dormir de maquiagem. Faço botox, principalmente na área dos olhos, mas bem pouco na testa. E já diz um preenchimento no rosto também. Mas é isso, poucas coisas, não quero ficar com aquela aparência exagerada de procedimentos.
Você passou por algum incômodo com a menopausa?
Não passei por isso porque perto dos 51 anos precisei fazer uma cirurgia de histerectomia e a partir disso já comecei a fazer uma reposição hormonal. Vou ao ginecologista a cada seis meses e acompanho o tratamento, mas nunca tive nenhum sintoma.
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