Dia do Amigo: conexões na maturidade são vitais para saúde física e mental

Existe um certo senso comum de que, quando chegamos à maturidade, já fizemos todos os amigos que deveríamos ter feito ao longo da vida. Os amigos da escola, da faculdade, do bairro onde crescemos. Mas esse pensamento não poderia estar mais equivocado.

Não existe prazo de validade para criar novos laços. E, à medida em que avançamos na jornada da maturidade, a importância dessas amizades se torna ainda mais evidente.

Ontem foi Dia do Amigo e um bom momento para pensar e refletir: como andam suas ralações sociais? Amizades são vitais para a nossa saúde física e mental na fase adulta.

Com o passar dos anos, a vida pode levar a mudanças significativas em nossas circunstâncias sociais. A aposentadoria, filhos crescidos e fora de casa, um divórcio, mudanças de residência e a perda de entes queridos podem resultar em um círculo social mais reduzido.

Nesse contexto, as amizades desempenham um papel fundamental, pois fornecem um valioso sistema de suporte emocional e social.

A amizade tem um efeito notável na redução do estresse. Estudos têm mostrado que pessoas com laços de amizade sólidos tendem a lidar melhor com as pressões da vida. Uma rede de apoio confiável ajuda a enfrentar desafios de forma mais saudável, evitando a sobrecarga de emoções negativas.

O estresse crônico pode ter efeitos devastadores na saúde física, mas as amizades podem atuar como um "escudo protetor", reduzindo o impacto do estresse no corpo e no sistema imunológico.

Estimulação cognitiva e saúde mental

À medida que envelhecemos, é essencial manter nossas mentes ativas e envolvidas. As amizades desempenham um papel vital nesse aspecto. A interação social regular estimula a cognição e ajuda a manter as funções cerebrais em forma.

Participar de conversas estimulantes, debates e atividades sociais pode retardar o declínio cognitivo e até mesmo reduzir o risco de demência em alguns casos.

Senso de propósito e pertencimento

A maturidade pode ser uma fase de transição, na qual algumas pessoas podem sentir-se menos conectadas com a sociedade ou até mesmo experienciar a solidão.

Ter amigos verdadeiros preenche essa lacuna, fornecendo um senso de pertencimento e propósito. A sensação de que há pessoas que genuinamente se importam conosco nos dá a motivação necessária para explorar novas experiências e aproveitar a vida ao máximo.

Estudos têm demonstrado consistentemente que pessoas com laços sociais fortes têm maior probabilidade de envelhecer de forma saudável e ativa. A qualidade das amizades e a quantidade de interações sociais positivas estão diretamente relacionadas à qualidade de vida na maturidade.

Além disso, o convívio com amigos pode motivar a prática de hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos, alimentação equilibrada e visitas médicas regulares.

Como fazer amigos na maturidade

Eu gosto de dizer que, nesta fase, a gente tem que ter intenção para fazer novos amigos. Não vai acontecer naturalmente, como entre crianças que convivem diariamente na escola. A gente precisa se empenhar, marcar cafés, encontros, tem que ter uma dedicação, porque é fácil cair num isolamento social e não conseguir sair dele.

Envolva-se em atividades em grupo. Aulas de artes, coral, ioga, atividade física. Se você for da fé, frequentar um templo, igreja, se envolver com grupos religiosos.

Que tal se engajar em um grupo de voluntariado? Além de ter um propósito, é um meio de conhecer gente nova e se sentir bem em ajudar quem precisa.

O Dia do Amigo foi ontem, mas queria lembrar que a importância das amizades na vida adulta é todo dia. Esses laços especiais não são apenas uma fonte de alegria e diversão, mas também têm um impacto profundo em nossa saúde física e mental.

Através do apoio emocional, estímulo cognitivo e senso de pertencimento que as amizades proporcionam, podemos abraçar a maturidade com uma perspectiva positiva e envelhecer com mais saúde e felicidade.

Feliz Dia do Amigo!